Cechin propõe modelo híbrido para a previdência

O ex-ministro da Previdência, José Cechin, apresentou, na tarde de quarta-feira, dia 9, sugestões de reforma previdenciária, durante a realização da 3ª Conseguro – Conferência Brasileira de Seguros, Resseguros, Previdência e Capitalização. Mesmo sem se aprofundar em temas que considera importantes nessa discussão, como o detalhamento do cenário de dificuldades futuras e do chamado “choque de gestão”, que poderia reabilitar a imagem do INSS perante a sociedade, Cechin expôs diferentes modelos que podem levar à recuperação e à sustentabilidade do sistema previdenciário nacional. Entre eles, encontra-se o que prevê a definição de um sub-teto de contribuição para o INSS. Segundo o modelo apresentado, o sistema de repartição hoje em vigor seria mantido até esse sub-teto, que pode ser fixado em R$ 1.500,00, por exemplo. Desse valor até o teto atual de R$ 2.600,00, a contribuição restante iria para uma espécie de fundo de pensão, com contas individuais, custeado por empresas e empregados. “Não mudei o regime e nem o teto. Apenas criei um sub-teto, definindo que até determinado valor o sistema de contribuição permanece como está e a partir desse ponto, para quem ganha acima desse patamar, as contribuições vão para um fundo de pensão, uma espécie de fundo de capitalização, obrigatoriamente”, explicou. Para o ex-ministro é fundamental a reforma previdenciária, mas “o Governo tem de explicar isso para a sociedade e apresentar uma proposta justa e sustentável”. Ele ponderou, entretanto, que “o Estado, sozinho, sem o engajamento das empresas e das centrais sindicais, não terá condições de realizar essa tarefa”. (Fenaseg)