IRB muda o seguro garantia

O IRB-Brasil Re, estatal que tem o monopólio do mercado de resseguros no país, está mudando as regras para o seguro garantia, apólice que assegura que uma obra seja concluída. As regras, que eram de 1985, foram modernizadas. Entre as novidades, está a avaliação de critérios de inadimplência da empresa que quer contratar o seguro e a necessidade de um rating por uma agência de classificação de risco. Segundo Sergio Caruso, diretor financeiro do IRB, e Sebastião Pena, gerente de estratégia da resseguradora, o objetivo das novas regras é preparar o IRB para o futuro, para um mercado mais competitivo que deve vir após o fim do monopólio com a abertura do resseguro para outras companhias. Caruso chegou no IRB há dois meses, depois que Eduardo Nakao assumiu a presidência com a saída de Marcos Lisboa.Para se definir o limite das garantias do seguro, foram criados dois critérios de avaliação: subjetivos e objetivos. Pelo fator subjetivo, o limite pode chegar a 10% do patrimônio líquido (PL) da companhia que está contratando o seguro. Pelo objetivo, o limite pode chegar a 80% do PL. Além disso, há a análise de outros pontos, como o rating da companhia e a inadimplência. Caruso destaca que o rating não é obrigatório, mas a companhia que não tiver esta nota será penalizada na avaliação dos critérios de inadimplência.As novas regras fazem parte de uma circular que deve ser publicada na próxima semana. Antes delas, os critérios para a concessão de seguro garantia incluíam apenas a análise do patrimônio líquido e da receita operacional da empresa. "Era uma avaliação subjetiva, que permitia muitas distorções", destaca Pena. (Valor Econômico)