Presidente da Fenaseg e ex-Ministro da Previdência concordam: "não há benefício sem contribuição"

O presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos e o ex-Ministro da Previdência Social, José Cechin partilham da mesma opinião: não deve haver benefício sem contribuição.  A afirmação feita pelo dirigente da Federação durante seu discurso na cerimônia de abertura do III Fórum Vida foi citada pelo ex-Ministro logo no início de sua apresentação.   "Não deve mesmo haver benefício sem contribuição.  Esse é um principio básico para o bom funcionamento do sistema, como bem ressaltou João Elisio em seu pronunciamento", afirmou José Cechin, durante a palestra inaugural do evento com o título Propostas para o sistema previdenciário.Novo sistema - De uma forma resumida, o novo sistema foi desenhado para os trabalhadores que vão ingressar no regime. Os aposentados e os ativos, que contribuem hoje com a previdência social, não serão afetados. A proposta conta com dois pilares: repartição e capitalização, sendo dois fatores comuns aos dois: tem de haver idade mínima e o fim de regimes especiais de aposentadoria. No sistema de repartição, o estudo conta com três tipos. O regime assistencial beneficiará a todos que chegarem aos 67 anos, tendo contribuiído ou não para a previdência. O regime previdenciário, para pessoas que ganham até três salários mínimos como referência - que contempla hoje 75% dos trabalhadores -, sendo a aposentadoria financiada pela folha de pagamento e no atual regime de repartição. E o terceiro tipo abrange as pessoas com salários entre três e dez mínimos, sendo a contribuição obrigatória, num regime de capitalização, ou seja, a conta de previdência é individual. No sistema de capitalização, as pessoas com renda a partir de dez salários mínimos, serão direcionadas para a previdência complementar fechada ou aberta, não sendo obrigatória a contribuição. "O que acontece após o período de capitalização fica para ser discutido no futuro. O contribuinte poderá sacar integralmente a sua poupança? Transformá-la em renda vitálica? Isso ele que terá de decidir e o mercado lhe dar opções", disse Cechin. (Fenaseg)