Palestra abordou os desastres naturais

O Prof. Dr. Reinaldo Haas foi o ministrante de palestra com o tema "Mudanças Climáticas e Eventos da Natureza", nesta segunda, dia 4. Ele é integrante do Grupo de Estudos de Desastres Naturais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e desenvolve estudos sobre as mudanças de clima na região compreendida pelos três estados do Sul, Paraguai, Uruguai e Argentina. Os executivos das seguradoras manifestaram interesse pelo assunto após vendaval e chuva de granizo ocorridos na região de Blumenau no dia 28 de julho.   O palestrante explicou que variações climáticas são as naturais do clima, com diferentes escalas de tempo (anos, décadas, séculos, milênios); já mudanças climáticas são devidas à ação direta (ou indireta) do homem que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural. Ambos os processos são reversíveis.   Sobre os furacões no Hemisfério Sul, o professor concluiu que:        eles não devem causar inundações no Litoral como no Hemisfério Norte, tanto devido ao empilhamento do mar ser favorável, quanto pelas chuvas serem mais fracas;        os prejuízos principais devem ser ocasionados por vento;        as inundações devem ser mais intensas em regiões de montanhas;        os eventos de tornados devem ser mais intensos em regiões úmidas;        o conhecimento atual não permite separar as mudanças das variações climáticas.   Mas o palestrante destacou que há aspectos positivos e negativos nos cenários previstos para o Sul do Brasil:        o aspecto negativo mais evidente é a intensificação de fenômenos de escala localizados, como granizo, enchentes repentinas e enxurradas, ventanias e tornados;        o aspecto positivo mais evidente é a diminuição de inundações gerais e grandes geadas;        os furacões no Litoral podem ser um fato a ser considerado. Porém a freqüência não pode ser ainda conhecida. Além disso, o seu poder de destruição é muito menor que no Hemisfério Norte;   O Prof. Haas finalizou afirmando que as previsões dependem de modelos climáticos, modelos numéricos de mesoescala e radares. “Estes têm evoluído muito rapidamente”.