Resseguro: abertura deverá aumentar procura por mão-de-obra especializada

A abertura do Resseguro no Brasil vai demandar, entre outros aspectos, a procura por mão-de-obra cada vez mais especializada.  A opinião é da diretora de Ramos Elementares e Resseguro da Fenaseg, Maria Elena Bidino, que realizou nesta última quinta-feira, 26, a palestra “Ecos da Missão Brasileira no Mercado Segurador Inglês", a convite do Comitê de Seguros e Resseguros da Câmara Britânica de Comércio e Indústria - Britcham Rio.  “Precisaríamos de cerca de 200 profissionais que conhecessem o resseguro hoje”, disse a diretora. Durante mais de duas horas, a especialista falou sobre os reflexos da missão brasileira que visitou o mercado de seguros inglês, em março deste ano, e as perspectivas para o mercado nacional com a abertura do Resseguro, ocorrida em janeiro deste ano, com a Lei Complementar nº 126. Na ocasião, ela lembrou que a economia nacional está em 8º lugar entre os países emergentes, apontando um grande potencial de crescimento, e que o País tem uma posição bastante favorável para o mercado de resseguros.  “Somos o 5º maior em termos de área e de população, além de sermos livres de catástrofes naturais, o que atrai os resseguradores internacionais”, disse.   Maria Elena também acredita que, ramos que historicamente não procuram por resseguro, como o de Pessoas, Automóvel e Vida, por exemplo, deverão, por conta de mudanças no cenário mundial, aumentar a demanda. “Devido às mudanças climáticas ocorridas ultimamente, as incidências de risco afetam estas carteiras, que apesar de não serem vocacionais, não significa que não precisem de resseguro. Devemos conhecer as carteiras para que possamos atender aos objetivos”, avaliou. A executiva disse ainda que a abertura favorece, principalmente, o consumidor: “o índice combinado do IRB Brasil Re está, hoje, em torno de 68%. É um dos menores em todo o mundo. Isso sinaliza que o preço pago pelo resseguro no Brasil é excessivo”, frisou. (Fenaseg)