Fenasaúde: reajuste de planos de saúde é muito menor do que inflação de custos médico-hospitalares

A Fenasaúde, Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa as operadoras de planos de saúde e as seguradoras especializadas em saúde, esclarece que o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de 5,76%, é mais uma vez inferior ao necessário para repor o poder de compra dos contratos, considerando a inflação dos custos médico-hospitalares. Não há como comparar a inflação geral medida por qualquer índice de preços (IPCA, INPC, IGP-M) com a inflação dos custos de assistência à saúde, que vêm subindo em ritmo superior ao do custo de vida, no Brasil e em qualquer outro país. A inflação de custos médico-hospitalares está sendo influenciada principalmente pelo aumento de preços de medicamentos e materiais, bem como pela inclusão sistemática de novas tecnologias de tratamentos, novos materiais e fármacos, itens esses que não são regulados pela ANS. Os preços de materiais e medicamentos vêm subindo mais de 30% ao ano desde 2004. Como eles participam com cerca de 35% da estrutura de custos das seguradoras de saúde, apenas esse impacto inflacionário foi de aproximadamente 10% no período, sem contar o aumento de diárias e taxas hospitalares, honorários médicos e introdução de novas tecnologias de tratamentos. A Fenasaúde ressalta que a questão dos reajustes merece ser examinada e tratada com enfoque essencialmente técnico, sob pena de agravamento dos desequilíbrios já existentes. (Fenaseg)