Corretores de Seguros mostram preocupação com sucessão empresarial

O Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo), através do seu departamento Comissão Jovem Corretor de Seguros, realizou o 1º Fórum de Sucessão Empresarial, Empresas Familiares e Transição de Gerações para Corretores de Seguros, na última quarta-feira (7/11), no Hotel Unique, em São Paulo. O evento teve como palestrante principal Renato Bernhoef, um dos mais bem sucedidos consultores do país na área de sucessão empresarial e familiar. Sucessão em empresas pequenas e médias, a transição da primeira para a segunda geração, diferenças entre herdeiro, sócio e fundador, foram alguns dos pontos abordados durante o evento. “Empreendedor é aquele que constrói, empresário é o que perpetua a obra”, destacou Bernhoef. O objetivo do fórum foi esclarecer os empreendedores, donos de corretoras de seguros, sobre como deve ser uma sucessão empresarial bem sucedida, sobretudo nas empresas familiares. Bernhoef fez questão de salientar que “está errado o pequeno e médio empreendedor dizer que fez a empresa para a família, porque a empresa é para o mercado”. E alertou: “os lucros não crescem na proporção que cresce a família”.   “Cases”Foram apresentados três cases de sucesssão empresarial e familiar que aconteceram na seguradora Porto Seguro, e nas corretoras Logullo & Menotti Corretores de Seguros e AD Corretora de Seguros. Os fundadores das empresas contaram suas histórias com a ajuda dos filhos e sucessores. Assim, a platéia pôde saber qual era a idéia do pai e como foi que o filho aceitou ser sucessor de um negócio familiar. Na Porto Seguro há uma reunião familiar a cada quatro meses para discutir a sucessão da empresa. Todos os membros da família que participam do negócio decidem juntos qual é o melhor para o interesse da companhia. “O que importa é o compromisso das pessoas com a empresa. Se a Porto for bem, eu me darei bem também”, explicou Jaime Garfinkel, presidente da Porto Seguro. “Quando ouvi meu pai pedindo para mudar de vida e me dispor na empresa, percebi o que era desprendimento”, conta Bruno Garfinkel, filho do presidente da Porto Seguro e gerente comercial da Azul, uma das empresas do grupo. Antes de chegar a este cargo, ele passou por todos os departamentos da companhia. Com o dono da corretora Logullo & Menotti Corretores de Seguros não foi tão fácil ser e ter um sucessor. “Sou advogado. No início, nunca quis trabalhar com meu pai, mas chegou um momento que ele adoeceu e eu não tive escolha. Assumi a corretora e pedi ajuda aos filhos. De cinco, somente um trabalha efetivamente comigo, outro é corretor, mas tem seu negócio próprio, e os demais escolheram outras áreas de atuação”, explicou Danilo Menotti. Já na AD Corretora de Seguros, irmãos e filhos estão juntos no negócio. “Se não há harmonia na família, não há como ter harmonia nos negócios”, afirmou Alberto Dabus, fundador da corretora. O filho, Alberto Dabus Filho, completou: “trabalhar em empresa da família nos faz ter uma visão do todo, para entender o negócio”. Leoncio de Arruda, presidente do Sincor-SP, comemorou o sucesso do evento que reuniu mais de 170 profissionais de todo o Estado de São Paulo. “É um assunto muito interessante e percebemos que há muito para ser dito. Por isso faremos no ano que vem uma seqüência de fóruns sobre sucessão empresarial”, afirmou.