A importância de pagar o seguro obrigatório em dia

Em 2007, as indenizações do seguro obrigatório DPVAT beneficiaram 252 mil vítimas de acidentes de trânsito. Dados da Seguradora Líder DPVAT revelam que foram pagos R$ 1,3 bilhão, incluindo indenizações por morte aos beneficiários das vítimas, e também o pagamento de indenização ao próprio motorista por invalidez permanente ou o reembolso das despesas médicas e hospitalares.   Pela legislação vigente, no entanto, o proprietário do veículo automotor, seja ele moto ou carro, que não paga o seguro obrigatório, não tem direito a receber a indenização deste seguro, caso seja ele mesmo o beneficiário.  Daí a importância de quitar o seguro DPVAT e evitar que a vítima fique desamparada num momento de extrema fragilidade como a de um acidente, com conseqüências que podem ser graves, como, por exemplo, uma invalidez permanente. É bom ressaltar, porém, que nos casos de morte, os beneficiários das vítimas de trânsito são indenizados, independentemente do pagamento ou não do seguro.  E são os motoristas de motos os maiores beneficiados pela indenização do seguro obrigatório DPVAT.  Em 2007 do total de sinistros pagos – 252 mil – mais de 53% foram para acidentes envolvendo motos, ou seja, 134,4 mil indenizações.  Deste total, 75% das indenizações foram pagas aos próprios motoristas. Portanto, 99.089 motociclistas foram indenizados por algum tipo de invalidez permanente e/ ou receberam o reembolso das despesas que tiveram com assistência médica e hospitalar.  No total, as vítimas de acidentes com motos e seus beneficiários receberam R$ 511,5 milhões em indenizações. “Considerando-se que os motoboys e mototáxis, na maioria dos casos, são os próprios donos das motocicletas, a probabilidade de um proprietário inadimplente ficar sem cobertura é relativamente maior”, explica Márcio Norton, diretor de Relações Institucionais da Seguradora Líder DPVAT. O executivo lembra que devido à fragilidade dos veículos de duas rodas, em geral, as conseqüências são mais trágicas para os motociclistas, ao contrário dos outros veículos em que os passageiros, em geral, são menos atingidos.  É bom ressaltar que, no Brasil, a estimativa é que 2,8 milhões de pessoas ganhem a vida com motáxis e motofretes, segundo a Federação dos Mototáxis e Motoboys do Brasil (Fenamoto), o que justifica a preocupação pela conscientização da sociedade, por meio da educação, para se ter um trânsito mais seguro.  Problema crescente - Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) entre 2002 e 2006, as motocicletas representaram 21% da frota e 32% dos veículos envolvidos em acidentes. Levando-se em conta o rápido crescimento da frota de motocicletas, se nada for feito para conscientizar os motociclistas da importância da prevenção de acidentes, este problema tende a crescer.  Dados da Abraciclo - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares revelam que no ano passado foram produzidas 1.734.349 motocicletas, crescimento de 22,7% em relação ao ano de 2006.  Já as vendas internas chegaram a 1.600.157 motos comercializadas.   As previsões da entidade para 2008 são de crescimento de 13,7% nas vendas para o mercado interno, chegando a marca de 1.820.000 motos vendidas. Já a produção deve ter um aumento de 11,9%, com 1.940.000 motos produzidas. (Fenaseg)