Relatório da Moody?s avalia positivamente abertura de resseguro no País

A abertura do mercado de resseguro brasileiro é avaliada positivamente por estudo da Moody’s Investors Service, publicado nesta quarta-feira. A principal conclusão dá conta de que a flexibilização do resseguro aperfeiçoará a performance do setor". O relatório Opening of the brazilian reinsurance market –  a new beginning afirma que a tão esperada transformação do mercado resultará em uma maior eficiência do setor, por meio “de uma combinação de precificação do prêmio adequada ao risco e de decisões mais eficientes em relação à retenção de riscos e utilização do resseguro pelas seguradoras, assim como a expectativa de consolidação do mercado nos próximos anos – particularmente entre as companhias com menor escala que atuam no segmento de ramos elementares”. Segundo Rodolfo Nobrega, autor do relatório e analista de seguros da Moody’s no Brasil, “a abertura do mercado resultará em mudanças significativas no modo como as seguradoras locais atuam e aumentará a competitividade do setor, beneficiando, principalmente, os consumidores. Não necessariamente em decorrência de uma provável redução nas taxas, mas, sobretudo, porque as seguradoras estarão mais capacitadas a oferecer soluções mais flexíveis e "tailor-made" às necessidades dos segurados". O analista também observa que o risco de crédito das seguradoras – sustentadas por acordos de transferência de risco com resseguradoras – se tornará uma consideração essencial no processo de tomada de decisão dos clientes. O relatório destaca que as companhias de seguros locais, por meio do conhecimento técnico e da força financeira das resseguradoras, provavelmente irão buscar novos nichos de mercado para operar e investir no desenvolvimento de novos produtos. "O processo de transição, no entanto, pode ser difícil para algumas empresas", a Moody’s ressalva, "uma vez que a maior proficiência do mercado possivelmente marginalizará as seguradoras sem vantagens competitivas evidentes".A agência destaca dois fatores que também contribuirão ao crescimento do setor de seguros: o desenvolvimento macroeconômico do país, incluindo projetos importantes de infra-estrutura, e a expansão internacional das empresas brasileiras, que pode resultar no desenvolvimento de meios alternativos de financiamento de risco, tais como empresas cativas de resseguro. (Fenaseg)