Susep prevê setor crescendo menos

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) refez a previsão de crescimento do mercado de seguros brasileiro, para baixo. Ainda assim, a nova projeção aponta para um avanço nominal expressivo nas vendas de seguros até o final do ano, da ordem de 17,9%, atingindo R$ 69,073 bilhões, sem o ramo saúde. O cálculo leva em consideração uma a inflação medida pelo IPCA de 4,96% e expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,66%, no fechamento do ano. Em março, os cálculos da autarquia indicavam crescimento de 20,6%, R$ 1,595 bilhão acima da projeção atual.O incremento das vendas até dezembro, segundo técnicos da Susep, será favorecido ainda pelo desempenho dos planos de vida geradores de benefício livre (VGBLs), conforme revela o recém-divulgado relatório trimestral de acompanhamento dos mercados supervisionados. A participação do VGBL sobre o total faturado pelo mercado no ano tende a representar 35,1%, com prêmios na casa de R$ 24,234 bilhões, 20% a mais do que em 2007.A carteira de veículos deve contribuir com R$ 15,681 bilhões, o segundo maior faturamento do mercado: 22,7% do total. A receita, se realizada, será 17,8% maior que a contabilizada no ano passado. Esta alta projetada, igual a do crescimento médio do setor, está mais próxima do ritmo de expansão esperado pela indústria automobilística para as vendas de veículos no País, em torno de 20%. No ano passado, os seguros de veículos não cresceram, mantendo-se estável, devido à redução de preço das apólices.PATRIMÔNIO Incluindo as coberturas, entre outras, de riscos operacionais e de engenharia, garantia estendida e dos pacotes multirriscos empresariais e residenciais, o segmento de produtos patrimoniais, pelos cálculos dos técnicos da Susep, vai ganhar grande impulso este ano, com o faturamento ultrapassando R$ 7 bilhões, 10% de toda a atividade de seguros brasileira. O crescimento será de quase 30%, 12,1 pontos percentuais acima da média do mercado.No seguro de vida em grupo, as seguradoras devem encerrar o ano com receita da ordem de R$ 6,034 bilhões. O incremento projetado para o ramo, de 9,1%, embora venha a situar-se certamente acima das taxas de inflação, ficará bem distante do desempenho médio de 17,9% aguardado para o mercado. A fatia do segmento dos seguros de vida em grupo tradicionais deve acomodar-se abaixo de 9%.Já na área de seguros de transportes de mercadorias, incluindo as coberturas de importação e exportação, o crescimento previsto para o ano é de 11,8%, para R$ 1,771 bilhão. No seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), por sua vez, a receita estimada de R$ 4,111 bilhões aponta para um crescimento de 10,5%. Pelos cálculos dos técnicos da Susep, os demais ramos de seguros tendem a subir 15%, com faturamento da ordem de R$ 9,895 bilhões. (Clipp-Seg Online/Jornal do Commercio)