Vendas crescem 18,4% no ano

O mercado de seguros fechou o terceiro trimestre do ano faturando R$ 16,981 bilhões, registrando ligeira expansão nominal de 0,3% ante o segundo trimestre e de 16,9% frente aos meses de julho, agosto e setembro de 2007, segundo estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem os dados do seguro-saúde, sob alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No ano, as seguradoras captaram R$ 49,747 bilhões, 18,4% a mais do que nos nove meses iniciais do ano passado. Em 12, meses, a receita de R$ 66,187 bilhões subiu 17,9%. Sem o plano gerador de benefício livre (VGBL), o crescimento do mercado de seguros brasileiro de janeiro a setembro cai para 15,3%, com prêmios de R$ 32,869 bilhões. As vendas de VGBL alcançaram R$ 16,878 bilhões, o equivalente a 33,9% do faturamento total do setor. Em 2007, no mesmo período, esta participação situou-se em 32,1%. Até setembro último, as vendas do produto avançaram 25%. Ainda no acumulado do ano, os sinistros levaram as seguradoras a devolverem aos segurados (pessoas físicas e jurídicas) R$ 13,646 bilhões, na forma de pagamento de indenizações de seguros. O montante subiu 8,6% frente ao acumulado de janeiro a setembro do ano passado, 3,3 pontos percentuais abaixo da expansão da receita de prêmios ganhos, que subiu 11,9%, para R$ 25,897 bilhões. Entre os dois períodos comparados, a parcela dos sinistros sobre a receita de prêmios ganhos recuou de 54% para 53%. PESSOAS - Com receita de R$ 8,9 bilhões, o segmento de pessoas cresceu 13,9% de janeiro a setembro. Nos seguros de vida, os mais expressivos, o faturamento foi a R$ 5,258 bilhões, 10,9% a mais do que em igual espaço de tempo de 2007. Os planos grupais foram os que mais cresceram: 13,2%, para R$ 4,654 bilhões. No período, os seguros de acidentes pessoais evoluíram 28%, para R$ 1,623 bilhão. Já o seguro prestamista, que cobre o financiamento de bens em caso de morte, invalidez ou desemprego do tomador, evoluiu 14,1%, com receita de R$ 1,703 bilhão. A expansão dos produtos listados na carteira de veículos chegou 17% nos nove primeiros meses do ano. Mas o desempenho específico do seguro de automóvel não acompanhou o incremento da indústria automobilística até setembro, ainda apresentando recordes de vendas. Neste ramo, o segundo maior do mercado, as seguradoras captaram 12,7%, algo pouco superior a R$ 11,1 bilhões, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa de veículos. No seguro de extensão de garantia de automóvel, a receita vem apresentando crescimento expressivo, embora ainda pouco significativa. Até setembro, as vendas subiram 190,7%, para R$ 12,2 milhões. O seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), por sua vez, faturou R$ 3,872 bilhões, registrando elevação de 30,9%, evolução que vem acompanhando o desempenho da indústria automobilística. PATRIMÔNIO - Os produtos destinados à proteção patrimonial (pessoal e empresarial) subiram 12,7%, atingindo receita de R$ 4,711 bilhões de janeiro a setembro. Na modalidade de riscos diversos, com receita de R$ 775 milhões, a alta nas vendas foi de 7,5%. A cobertura direcionada para construção cresceu 24,1%, para R$ 272 milhões. A expansão dos riscos nomeados e operacionais, por sua vez, atingiu apenas 2,9%, na casa de R$ 762,4 milhões. Ainda na área patrimonial, as vendas de pacotes multirriscos aumentaram 12,8% no acumulado até setembro, para R$ 1,716 bilhão. Nas coberturas para residência, o incremento foi de 16,4%, movimentando R$ 703 milhões; e para empresas de 11%, ao bater em R$ 900 milhões. Já a receita do seguro de extensão de garantia de eletrodomésticos e eletrônicos, entre outros bens, pulou de R$ 859 milhões para R$ 1,137 bilhão, alta de 32,4% de janeiro a setembro.No segmento de transportes de mercadorias, as seguradoras voltaram a mostrar certa reação no acumulado até setembro e faturaram mais de R$ 1,307 bilhão, expansão de 11% frente a igual período de 2007. Nos seguros de exportação e importação, os prêmios foram a R$ 348,3 milhões e cresceram 11%, enquanto no transporte nacional a alta foi de 10,7%, para R$ 374,1 milhões. Na cobertura de responsabilidade civil do transportador de cargas, as seguradoras captaram R$ 374,9 milhões, registrando expansão de 16,5%.Os seguros de garantia, nas suas variadas modalidades, chegaram ao nono mês do ano com vendas 48,4% maiores, frente a igual período do ano passado. A receita pulou para R$ 324 milhões. Na cobertura de obras públicas, o crescimento chegou a 76,6% e na de concessão pública, a 56,8%. (Clipp-Seg Online/Jornal do Commercio)