Seminário Internacional debateu resseguro de vida

Especialistas nacionais e internacionais foram convidados pela Escola Nacional de Seguros, pelo IRB-Brasil Re e pela Partner-Re para ministrar, no dia 25 de junho, o seminário “O Resseguro no Desenvolvimento do Seguro de Vida no Brasil”, no Espaço Cultural Funenseg, no Rio de Janeiro. O encontro reuniu mais de 100 pessoas, número que superou a capacidade do auditório. Eduardo Altieri, analista técnico da Susep, explicou sobre a adoção pela autarquia do modelo de supervisão baseada em risco, de acordo com as diretrizes da Associação Internacional de Supervisores de Seguros. Ele também apresentou pesquisa da associação feita este ano com supervisores, na qual a maioria (40%) afirma serem necessárias significantes adaptações para a implementação dos novos requerimentos de solvência. Emmanuel Bécache, atuário sênior da Partner Re, apontou algumas fraquezas do Solvência I que o modelo seguinte deverá aprimorar, como a melhora da regulamentação em função do diálogo dinâmico com supervisores e de uma transparência altamente aprimorada e a criação de um sistema baseado em risco, em que a supervisão quantitativa é complementada por aspectos qualitativos em conexão com padrões internacionais contábeis. Jean-Pierre Aldon, subscritor sênior da Partner-Re, contou que o aumento da expectativa de vida é uma questão importante para os países desenvolvidos. Até 1900, 15% das crianças morriam antes de completar um ano, sendo que em 2000, esse número foi de apenas 0,4%. Entre as consequências, ele relacionou o aumento de reservas e perdas financeiras e apontou o resseguro como uma das soluções. Salvador Leal de Souza Costa e Alessandra Martins Monteiro, gerente e coordenadora do IRB-Brasil Re, falaram sobre o impacto da abertura do resseguro na área de Riscos Pessoais. Eles explicaram que o processo de abertura foi gradual, assim como a preparação do Instituto, que adotou, por exemplo, regras de compliance e implantou política de governança corporativa. O IRB-Brasil Re simplificou os processos operacionais para cessão de prêmios e de recuperação de sinistros e passou a oferecer produtos baseados na experiência brasileira. Fonte: Escola Nacional de Seguros