TI: gama de aplicativos para seguradoras cresce para acompanhar demanda

A tecnologia voltada para o mercado de seguros promete muitas inovações nos próximos anos, seguindo o rastro do entusiasmo das seguradoras em investir mais recursos nessa área. E não chega a ser exagero imaginar várias gôndolas de produtos e serviços que poderão estar à disposição do mercado, ávido por soluções que impactem nos custos e, na sequência, elevem a produtividade das empresas. Venda e cobrança de seguros por canais alternativos, como celulares ou tevês digitais, são algumas das alternativas que, como prevê o presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, farão que as futuras gerações adquiram coberturas de seguros de uma forma totalmente diversa dos atuais clientes. Será? Não há dúvidas disso, a julgar das soluções apresentadas durante o V Insurance Meeting, o tradicional encontro que reúne anualmente seguradores e CIOs em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, durante três dias (de 13 a 15 de novembro). Pelas projeções da  presidente da Comissão de Processos e Tecnologia da Informação (CPTI) da CNSeg, Glória Maria Guimarães dos Santos, os investimentos em TI devem fechar o ano em R$ 1,4 bilhão, mantendo a trajetória de expansão dos últimos exercícios, e a perspectiva é de que se acelerem a partir de 2010, devendo superar a faixa média de  2% a 2,5% dos prêmios anuais do mercado e atingir 2,7%. Ela considera a TI um instrumento estratégico para fazer frente às profundas mudanças que se avizinham do setor, como a adoção de regulamentações mais severas, modificações nas regras de solvência, IFRS, início da venda do microsseguro em 2010 e avanço das operações de resseguro. A expectativa do mercado é de que a TI contribua para aumentar a eficiência operacional nos negócios de seguros, cumprindo a promessa de ter papel de transformação e inovação no negócio de seguros. Entre os fornecedores de tecnologia, a percepção é de que as seguradoras, entidades de previdência privada e vida, operadoras de saúde e empresas de capitalização (ou seja, o mercado segurador consolidado) amplie os gastos no setor. "Tradicionalmente as seguradoras são mais conservadoras em investimentos em TI comparando-se aos bancos, mas agora terão de alocar mais recursos em nome da competitividade", prevê Marcos Monteiro Freixo Pereira, gerente de Seguros da Stefanini. Segundo Glória Guimarães, os investimentos das seguradoras em novas tecnologias estão voltados para atender especialmente ao Gerenciamento Eletrônico de documentos e  à prestação de serviços aos clientes por canais alternativos. Faz sentido, estão de acordo especialistas,lembrando que os novos desafios à espera do mercado, como consolidação via fusões e aquisições, acirramento da guerra de preços, queda de juros, e seus efeitos nos resultados finais dos grupos, implicam um setor de TI cada vez mais afinado com a área de negócios das seguradoras. Fonte: Fenaseg