Armando Vergilio prevê saltos de crescimento do mercado nos próximos cinco anos

Em virtude de obras para a Copa do Mundo, Olimpíadas e em infraestrutura programada pelo governo federal, um ambiente muito favorável para o mercado de seguros está em fase de consolidação. Em artigo publicado na edição de hoje de O Globo, Vergilio lembra que sequer a crise financeira internacional, que abalou o mundo a partir de 2008, afetou a trajetória positiva do setor de seguros no Brasil.Na sua avaliação, isso foi possível porque o modelo regulatório adotado pela Susep, a partir de 2007, trouxe segurança econômica, técnica, atuarial e jurídica ao mercado de seguros. "No Brasil, as seguradoras não têm hoje permissão para aplicar no exterior os ativos garantidos de suas reservas técnicas, que são vinculados à Susep e não podem ser movimentados sem autorização prévia. Essa regra conservadora blindou o setor contra aplicações do tipo das que levaram grandes grupos dos países desenvolvidos a enfrentar problemas durante a crise", assinalou ele. Tal modelo regulatório, desenhado na medida certa para sustentar o desenvolvimento do mercado, tem garantido um crescendo quatro a cinco vezes mais que o PIB nos últimos anos. Em 2010, não é diferente: aumento de até 20% na arrecadação, levando-se em conta o desenvolvimento esperado para a economia, com reaquecimento da indústria, do comércio e dos serviços.Vergilio avalia também a abertura do resseguro, assinalando que mais de setenta empresas estão presentes no Brasil, atentas ao aumento da demanda impulsionado por grandes projetos de infraestrutura e de exploração de petróleo e gás na camada do pré-sal. Ao mesmo tempo, o Brasil se prepara também para a inserção do seguro no segmento de baixa renda, o que deve provocar transformação extraordinária no mercado, prevê Vergilio.Segundo ele, com o microsseguro, que deve estrear ainda no primeiro semestre, o Brasil passa a contar com uma ferramenta de inclusão social que beneficiará a população de baixa renda, a que mais necessita de proteção e hoje está afastada do seguro. Finalizando o artigo, ele destaca que, "do ponto de vista da regulamentação, o mercado segurador brasileiro está preparado para o crescimento esperado para os próximos anos, as seguradoras, sólidas e capitalizadas, atuando sob regras que, testadas na crise, se mostram sob medida também para os bons ventos da prosperidade."Fonte: Fenaseg