Relatório que lista os riscos globais de 2011 está disponível na internet

A sexta edição do relatório Riscos Globais 2011,  que será divulgado hoje no World Economic Fórum, estará disponível na internet para consultas. O relatório é elaborado em parceria com a corretora de seguros Marsh & McLennan Companies, a resseguradora Swiss Reinsurance Company, e a seguradora Zurich Financial Services Group. O estudo analisa disparidade econômica e as falhas de governança global como os riscos centrais do cenário mundial, capazes de intensificar outras vulnerabilidades. O relatório identifica também os desequilíbrios econômicos e as despesas descobertas que representam as sementes de possíveis crises financeiras e fiscais do futuro e pede ações coordenadas para administrá-las.

O estudo destaca três grupos de riscos de maior importância: o relacionamento entre o comércio ilícito, o crime, a corrupção e a fragilidade dos estados; uma série de riscos interligados entre a água, os alimentos e a energia; e riscos relacionados aos desequilíbrios macroeconômicos globais. A crise financeira reduziu a capacidade do mundo de lidar com choques. A severidade e a frequência dos riscos para a estabilidade econômica global cresceram enquanto a capacidade dos sistemas de governança global de enfrentar tais problemas estagnou.  Essas são as principais conclusões da sexta edição do relatório Riscos Globais 2011 do World Economic Fórum. “Os sistemas do século 20 não conseguem administrar os riscos do século 21; precisamos de novos sistemas em rede capazes de identificar e resolver riscos globais antes que se tornem crises globais,” afirma Robert Greenhill, managing director e chief Business Office do World Economic Forum.

O relatório destaca o crescimento limitado por recursos. O mundo enfrenta limites rígidos em relação à água, alimentos e a energia. O crescimento da população e o consumo, junto com as mudanças climáticas, criam esse desafio enquanto as ligações entre essas questões dificultam uma reação. Grande parte das intervenções simplesmente cria problemas novos e piores ou transfere o risco para uma outra área.  A escassez de recursos básicos deve criar mais conflito entre os grupos sociais, as nações e as indústrias que precisam deles. “A demanda por alimentos, água e energia está crescendo em dois dígitos. Mesmo assim, déficits fiscais crônicos estão ameaçando investimentos importantes em infraestrutura para aumentar a disponibilidade e o acesso a esses recursos. A escassez resultante é uma ameaça para a prosperidade global”, afirma John Drzik, presidente e CEO do Oliver Wyman Group (Marsh & McLennan Companies).

Entre outros destaques estão os riscos macroeconômicos. A crise financeira global nasceu de fraquezas estruturais de longo prazo da economia global. Os desequilíbrios macroeconômicos, as crises fiscais em economias desenvolvidas, imensos prejuízos sociais e mercados financeiros enfraquecidos representam um eixo complexo de riscos econômicos. O endividamento causado pela crise reduziu a capacidade de enfrentar choques futuros a níveis extremamente baixos. “Na maioria dos países industrializados, as atuais políticas fiscais não são sustentáveis. Na ausência de correções estruturais mais profundas, enfrentamos um risco muito alto de calotes em dívidas soberanas”, explica Daniel M. Hofmann, economista chefe da Zurich Financial Services.
Christian Mumenthaler, chief Marketing Officer, Resseguro e membro do Conselho Executivo da Swiss Re, da Suíça, avalia que “despesas no longo prazo que carecem de recursos, criadas pelo envelhecimento da população, sinalizam o crescimento contínuo das pressões fiscais. É somente com a adoção de parcerias público-privadas que podemos garantir uma resolução para os desafios financeiros associados a esse fenômeno e assegurar que a questão de maior longevidade continue sendo uma tendência positiva para a sociedade.”

Além desses três grupos, o relatório Riscos Globais 2011 identifica cinco riscos emergentes: segurança de redes, alto crescimento populacional, escassez de recursos, redução da globalização, ameaças de armas nucleares e biológicas. A íntegra do relatório pode ser acessada no http://scpro.streamuk.com/uk/player/Default.aspx?g=21ddc642.

Fonte: Portal Viver Seguro