Setor fatura 17,6% mais em 2010
Os três primeiros meses do ano foram pautados pela divulgação do balanço das organizações da indústria do seguro. Confira os resultados já publicados pelas companhias até o fechamento desta edição
As previsões de crescimento do setor se confirmaram. Ao longo do exercício de 2010, as seguradoras faturaram pouco mais de R$ 90 bilhões, elevação de 17,6% na comparação do ano imediatamente anterior.
As previsões de crescimento do setor se confirmaram. Ao longo do exercício de 2010, as seguradoras faturaram pouco mais de R$ 90 bilhões, elevação de 17,6% na comparação do ano imediatamente anterior.
Os dados foram publicados no primeiro trimestre pela Susep. Conforme a autarquia, o destaque, novamente, foi a carteira de automóveis. De janeiro a dezembro, a receita do ramo foi de R$ 20,05 bilhões, 15,2% a mais que no mesmo período de 2009. O VGBL manteve o posto de maior carteira do mercado. No ano passado, essa modalidade gerou R$ 36,7 bilhões em prêmios, alta de 21,8% perante o exercício anterior.
Entre as carteiras de porte médio, a receita apurada com a venda do seguro viagem voltou a chamar atenção, com expansão de 117,5% entre os dois períodos comparados. A soma apurada de janeiro a dezembro chegou a R$ 33,5 milhões.
O seguro prestamista apresentou um desempenho bastante positivo no ano passado, com um volume de prêmios da ordem de R$ 3,4 bilhões, 25% a mais do que em 2009. A Susep informa que o desempenho do mercado "foi favorecido ainda pela queda da taxa média de sinistralidade, de 52% para 50%, entre os dois períodos comparados, embora os sinistros retidos pelas seguradoras tenham apresentado alta de 8,1%, para R$ 22,6 bilhões".
No ano passado, o mercado devolveu para a sociedade, na forma de indenizações, benefícios e resgates,um montante de R$ 65,5 milhões por dia, incluindo finais de semana e feriados; ou ainda, R$ 2,7 milhões a cada hora. Já para os corretores de seguros a boa notícia foi a expansão de 21,4% das despesas comerciais, que chegaram a R$ 10,4 bilhões no acumulado de janeiro a dezembro do ano passado.
Nesta cifra, estão somadas as comissões de corretagem pagas pelas seguradoras, além de campanhas promocionais. Confira abaixo o resultado de 2010 das companhias que atuam no mercado de seguros - em ordem alfabética.
Redução da sinistralidade
A Allianz Seguros emitiu prêmios da ordem de R$ 2,1 bilhões em 2010, alta de 12,9% em relação a 2009, quando obteve R$ 1,9 bilhão. O lucro líquido da seguradora foi de R$ 125,2 milhões. O índice de sinistralidade atingiu 56% sobre os prêmios ganhos, obtendo uma melhora de quatro pontos percentuais em comparação ao ano anterior. Divulgou o balanço de suas operações em ramos elementares em 2010. "A redução da sinistralidade deu uma boa base a companhia para atingirmos os planos de crescimento em 2011", diz Max Thiermann, presidente da companhia.
Já os prêmios da Allianz Saúde somaram R$ 437,8 milhões em 2010, com alta de 19,3% sobre o ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 22,1 milhões, com incremento de 51,4%, na mesma base de comparação.
Já os prêmios da Allianz Saúde somaram R$ 437,8 milhões em 2010, com alta de 19,3% sobre o ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 22,1 milhões, com incremento de 51,4%, na mesma base de comparação.
Participação chega a 24%
O Grupo Bradesco Seguros faturou R$ 31,078 bilhões em 2010, valor 18,02% superior aos R$ 26,333 bilhões totalizados no ano anterior. De acordo com a Susep, o Grupo detém hoje mais de 24% de participação no mercado, levando em conta os dados acumulados até novembro. O lucro líquido, em 2010, totalizou R$ 2,904 bilhões, a rentabilidade ficou em 26,03% e a participação da Bradesco Seguros no resultado do banco foi de 29%. O total pago em indenizações e benefícios atingiu R$ 20,682 bilhões, 16,72% a mais que em 2009.
Nova ênfase ao seguro
O Grupo Bradesco Seguros faturou R$ 31,078 bilhões em 2010, valor 18,02% superior aos R$ 26,333 bilhões totalizados no ano anterior. De acordo com a Susep, o Grupo detém hoje mais de 24% de participação no mercado, levando em conta os dados acumulados até novembro. O lucro líquido, em 2010, totalizou R$ 2,904 bilhões, a rentabilidade ficou em 26,03% e a participação da Bradesco Seguros no resultado do banco foi de 29%. O total pago em indenizações e benefícios atingiu R$ 20,682 bilhões, 16,72% a mais que em 2009.
Nova ênfase ao seguro
2010 foi um ano atípico para o Grupo que, após uma reformulação societária, deu nova ênfase às atividades de seguridade. A Aliança do Brasil, do Grupo BB & Mapfre, obteve lucro líquido de R$ 499,6 milhões, 58,1% superior ao registrado em 2009. Já a Brasilcap encerrou 2010 com um crescimento de 21% no faturamento em relação a 2009, atingindo R$ 2,7 bilhões. No ano em que completou 15 anos, a Brasilcap registrou expansão de 18% no lucro líquido, chegando a R$ 110 milhões. A Brasilprev obteve lucro líquido de R$ 300,1 milhões no ano passado, alta de 16,4% sobre 2009 (R$ 257,9 milhões). Enquanto isso, em 2010, a Brasilveículos obteve lucro líquido de R$ 87,7 milhões em 2010, o que representa um retorno anualizado de 27,39% sobre o patrimônio líquido de dezembro do ano anterior.
Maior faturamento da história
Em 2010, a Caixa Seguros faturou R$ 6,6 bilhões, o maior índice da história da corporação, segundo a companhia. O lucro líquido chegou aos R$ 889,5 milhões, uma alta de 17,1% em relação aos R$ 759,8 milhões obtidos no exercício anterior. A Caixa Vida & Previdência encerrou 2010 com lucro líquido de R$ 139,5 milhões, expansão de 12,8%, na comparação com 2009. Já o lucro líquido da Caixa Capitalização atingiu os R$ 128,8 milhões, incremento de 12,1%, na mesma base de comparação.
Mais veículos segurados
Em 2010, a Caixa Seguros faturou R$ 6,6 bilhões, o maior índice da história da corporação, segundo a companhia. O lucro líquido chegou aos R$ 889,5 milhões, uma alta de 17,1% em relação aos R$ 759,8 milhões obtidos no exercício anterior. A Caixa Vida & Previdência encerrou 2010 com lucro líquido de R$ 139,5 milhões, expansão de 12,8%, na comparação com 2009. Já o lucro líquido da Caixa Capitalização atingiu os R$ 128,8 milhões, incremento de 12,1%, na mesma base de comparação.
Mais veículos segurados
A HDI Seguros encerrou o ano passado com um lucro de R$ 77,9 milhões, elevação de 33%, se comprado a 2009. Os prêmios líquidos emitidos totalizaram R$ 1,4 bilhão, alta de 18,7% em relação ao ano anterior. No ano passado a seguradora encerrou o exercício com mais de 1,210 milhão de veículos segurados, sua maior marca desde que começou a operar no Brasil."Este bom desempenho é resultante de uma equilibrada conjunção de fatores que expressam, de forma precisa, nossa filosofia de atuação", destaca João Francisco Borges da Costa, presidente da HDI Seguros no Brasil.
Estratégia comercial
Estratégia comercial
A HSBC Seguros obteve lucro de R$ 320 milhões em 2010, expansão de 22,6% perante 2009. O lucro bruto foi de R$ 454 milhões, aumento de 18,5 % em comparação com os R$ 383 milhões obtidos no ano anterior. A receita de prêmios foi de R$ 604 milhões, evolução de R$ 54 milhões ou 9,8% em relação aos R$ 550 milhões vistos em 2009. As indenizações somaram R$ 193 milhões, R$ 4 milhões ou 2% menos que os R$ 197 milhões em 2009. "Para os próximos anos, a nossa estratégia comercial é um diferencial, com reflexos já no curto prazo", adianta Fernando Moreira, CEO da HSBC Seguros.
Foco na melhoria da lucratividade
Foco na melhoria da lucratividade
O lucro líquido da Chubb do Brasil atingiu a casa dos R$ 30,5 milhões em 2010, totalizando R$ 955,5 milhões em ativos totais. Seu patrimônio líquido cresceu 9% em relação a 2009, chegando a R$ 334,5 milhões. Conforme nota enviada à imprensa, a subsidiária brasileira encerrou o ano com R$ 39,4 milhões de lucro bruto. "Em 2011, o crescimento será direcionado pelo retorno de resultado, mirando novos negócios rentáveis e reduzindo contas de baixo desempenho, com foco na melhoria contínua de sua lucratividade", avalia o presidente & CEO da companhia, Acacio Queiroz.
Revisão de procedimentos
Revisão de procedimentos
O Grupo Icatu Seguros fechou o ano passado com lucro de R$ 79 milhões, declínio de 25% em relação a 2009. De acordo com a presidente da companhia, Maria Silvia Bastos Marques, a seguradora teve despesas geradas por eventos extraordinários em 2010 e decidiu rever seus procedimentos para provisionamento judicial. No período, a soma dos ativos do Grupo chegou a R$ 7,4 bilhões, evolução de 13% em relação ao ano anterior, sendo R$ 5 bilhões sob gestão própria e R$ 2,4 bilhões sob gestão de terceiros. Já o faturamento foi de R$ 1,8 bilhão em 2010, alta de 7% comparado a 2009.
Responsável por 49% do resultado
Responsável por 49% do resultado
A JMalucelli Seguradora e Resseguradora respondeu por 39,1% do resultado consolidado do Paraná Banco, que somou R$ 33,8 milhões no quarto trimestre de 2010. As operações de seguro da JMalucelli obtiveram lucro líquido de R$ 55,2 milhões no ano de 2010, contribuindo com 47% do resultado consolidado da companhia no período. A companhia encerrou 2010 com índice combinado de 61,1%. Já o volume de prêmios de resseguros diretos emitidos pela JMalucelli Resseguradora foi de R$ 181,4 milhões, em 2010.
Novo salto de crescimento
Novo salto de crescimento
Os prêmios da Liberty Seguros totalizaram R$ 1,9 bilhão no ano passado, 26% superior ao resultado de 2009. Em março, a companhia receberá aporte de US$ 100 milhões da matriz para expansão de suas atividades. "Estamos preparando o terreno para um novo salto de crescimento em 2011", diz Luis Maurette, presidente da companhia no país. A maior carteira da companhia, a de seguro automóvel, registrou crescimento de 23,4%. A LIU (Liberty Underwriter Internacional) emitiu R$ 14,8 milhões em prêmios, valor 15,9% maior que o visto em 2009, com destaque para Riscos de Engenharia e D&O.
Mercados emergentes se destacam
Mercados emergentes se destacam
O Grupo RSA registrou prêmios de £7,5 bilhões em 2010, 11% acima do registrado no ano anterior, e resultado operacional de £636 milhões. O aumento de sinistros relacionados às condições climáticas significou 3,5%, do índice combinado da companhia, que ficou em 96,4% no período. Mercados Emergentes foi a região com maior expansão (16%), de £833 para £964 milhões, com destaque para a Europa Central e Oriental (15%) e América Latina (35%), principalmente, Argentina, Brasil, Colômbia e Chile.
Retorno de 9% sobre o patrimônio
Retorno de 9% sobre o patrimônio
A MetLife obteve patrimônio líquido de R$ 379,4 milhões e lucro líquido de R$ 34,1 milhões em 2010 no Brasil, gerando um retorno sobre o PL de 9%. Os ativos totais somaram R$ 2,4 bilhões, o que representa um crescimento médio anual de 50% nos últimos 4 anos. Os prêmios retidos totalizaram o montante de R$ 627,4 milhões no ano passado, alta de 12% em relação a 2009. Já a MetLife Inc fechou 2010 com lucro líquido global de U$ 2,7 bilhões e lucro operacional de U$ 3,9 bilhões, expansão de 65% na comparação com o ano anterior.
Meta de R$ 1 bilhão em 2011
Meta de R$ 1 bilhão em 2011
A SulaCapSulAmérica Capitalização-encerrou o exercício de 2010 com faturamento de R$ 923 milhões, elevação de 65% sobre o ano anterior. Os títulos empresariais responderam por 70% do faturamento da SulaCap e os outros 30% corresponderam a vendas dos títulos para a garantia de aluguel A meta da companhia, que em 2010 subiu da 7ª para a 5ª posição no ranking brasileiro de empresas de capitalização, é ultrapassar R$ 1 bilhão de faturamento em 2011.
Queda no resultado anual
Queda no resultado anual
A Munich RE registrou 2,43 bilhões de euros em 2010, declínio de 5% na comparação com o balanço do ano anterior. Os prêmios brutos contratados ao longo do exercício passado progrediram 10%, chegando a 45,5 bilhões de euros. Apesar de um incremento de oito vezes no valor global das indenizações pagas por danos causados em catástrofes naturais, a companhia teve seu resultado diminuído em 38,5% no quarto trimestre, situando-se nos 480 milhões de euros.
Melhor resultado em 115 anos
Melhor resultado em 115 anos
A SulAmérica registrou em 2010 lucro líquido total de R$ 614,0 milhões, com incremento de 48,5% em relação a 2009. Os prêmios de seguros da SulAmérica cresceram 15,2%, atingindo R$ 8,4 bilhões. No ano, o índice de sinistralidade total foi de 71,1%, com melhora de 3,9 pontos percentuais em relação a 2009. "Esse é o maior resultado já alcançado pela companhia em toda sua história de mais de 115 anos", comemorou o presidente da companhia, Thomaz Cabral de Menezes, em seu primeiro ano de mandato.
Economia de escala e novos produtos
Economia de escala e novos produtos
A Porto Seguro alcançou lucro líquido de R$ 623,4 milhões em 2010, com crescimento de 36,3% nos prêmios auferidos. A associação com Itaú Unibanco trouxe economia de escala, novos produtos e acesso a aproximadamente 5 mil agências. "Estamos otimistas para 2011 e continuaremos investindo no relacionamento com corretores e parceiros, desenvolvendo novos produtos e serviços aos clientes, e focando na qualidade de nosso atendimento", explica Fabio Luchetti, vice-presidente executivo da Porto Seguro.
Segundo passo para o futuro
Segundo passo para o futuro
No ano passado, a Swiss Re apresentou lucro líquido de US$ 2,3 bilhões, sendo que o retorno sobre o patrimônio foi de 9,2%. Incluindo o impacto do término do instrumento conversível de capital perpétuo, a companhia obteve em 2010 um lucro líquido anual de US$ 863 milhões, um aumento de 74% perante 2009. "A Swiss Re fortaleceu seu balanço, estabeleceu novas prioridades estratégicas e alinhou sua estrutura de gestão. Agora, vamos dar o segundo passo para a definição do futuro da empresa", comenta Stefan Lippe, diretor Executivo.
Fonte: Seguro em pauta - Funenseg | Revista Apólice