Previdência privada arrecada 25,6% mais no semestre e mantém ciclo virtuoso de expansão

O mercado de previdência privada aberta fechou o primeiro semestre exibindo números ainda mais robustos. A receita acumulada teve crescimento de 25,6% sobre os seis primeiros de 2010, para R$ 24,9 bilhões em novos depósitos. Apenas em junho, a expansão foi de 56,5%, para R$ 4,5 bilhões. No mesmo mês de 2010, a arrecadação foi de R$ 2,9 bilhões. Os dados são da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), entidade que reúne 64 seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar no País.

Com tal resultado, a carteira de investimento do sistema (total de recursos das diversas modalidades de ativos) alcançou o patamar de  R$ 243,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2011,  23% acima dos R$ 197,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. “A preocupação com a renda futura está se fixando na agenda dos brasileiros. A expansão dos volumes de arrecadação mostra que a cultura de poupança de longo prazo já é uma realidade para os indivíduos, que estão aproveitando o aumento da renda para compor reservas”, diz Marco Antonio Rossi, presidente da Fenaprevi e presidente do Grupo Bradesco Seguros.

Na análise por tipo de plano, o VGBL, indicado principalmente para quem não declara Imposto de Renda pessoa física pelo modelo completo de declaração anual de ajustes, foi o produto preferido dos participantes. A modalidade cresceu 30% no semestre, com arrecadação total de R$ 20,3 bilhões. No mês  de junho os depósitos no produto somaram R$ 3,7 bilhões, volume  68,23% maior que o verificado no ano passado no mesmo período.

Já o PGBL, voltado para quem utiliza o modelo completo da declaração anual de ajustes do imposto de renda pessoa física, arrecadou, R$ 2,9 bi no acumulado de janeiro a junho frente ao mesmo período de 2010, cravando expansão de 16,95%.Em junho, o produto arrecadou R$ 496 milhões, crescimento de  24,7%.

Já os planos tradicionais totalizaram aportes de R$ 1,6 bilhão no semestre, apresentando leve queda de 2,3%.

No semestre, os dados da Fenaprevi mostram que os planos individuais foram os que receberam maior volume de aportes: R$ 20,9 bilhões, com expansão de 26,5%. Os planos para menores avançaram 21,4%, com aportes de  R$ 805 milhões e os empresariais registraram expansão de 21,2% que somaram depósitos de R$ 3,1 bilhões.

Já a análise isolada do desempenho por segmento em junho aponta os planos empresarias como os campeões de arrecadação. No período os planos empresariais cresceram 107%, com R$ 750 milhões em novos depósitos. Os planos individuais também aceleraram e registraram aumento de 50% no volume de depósitos, que alcançou a marca de  R$ 3,6 bilhões no período. Os planos para menores, por sua vez, avançaram 34% em junho com depósitos da ordem de R$ 140 milhões.

O total da carteira de investimento da previdência privada aberta alcançou o patamar de R$ 243,51 bilhões no final do primeiro semestre, crescimento de 23% frente ao mesmo intervalo de 2010. “A previdência vive um ciclo virtuoso de expansão”, avalia Marco Antônio Rossi.

De acordo com o balanço da Fenaprevi, a carteira do VGBL obteve alta de 31,1%, passando de R$ 106,2 bilhões para R$ 139,4 bilhões. Já o PGBL cresceu 16,3% no período. A carteira do produto passou de R$ 51,2 bilhões para R$ 59,6 bilhões. Por fim, a carteira de planos tradicionais passou de R$ 39,9 bilhões para R$ 43,9 bilhões, alta de 10%. Os demais produtos, FAPI, PRGP, VRGP, alcançaram R$ 511,3 milhões, apresentando leve alta de 1,8%.


As provisões – recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta – apresentaram saldo de R$ 235,2 bilhões e alta de 23,4% nos seis primeiros meses de 2011.

No mesmo período do ano anterior, as provisões totalizaram R$ 190,5 bilhões. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no mês, 31,1%, passando de R$ 106,6 bilhões para R$ 139,8 bilhões.

O PGBL cresceu 16,2% no período e as reservas do produto passaram de R$ 50,9 bilhões para R$ 59,2 bilhões. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 32,4 bilhões para R$ 35,7 bilhões no período, alta de 9,8%. Os planos VGBL mantiveram a liderança no volume de depósitos no sistema de previdência complementar, com 59,4% do total, seguidos pelos PGBL, com 25,1% do volume total de provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 15,1% do volume total de provisões. Outros produtos – incluindo os Fapi - completam a equação, com 0,2%.

A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de arrecadação no primeiro semestre de 2011 com 32,21% do total arrecadado; BrasilPrev (24,35%); Itaú Vida e Previdência (21,61%); Caixa Vida & Previdência (7,54%); Santander Seguros (4,80%); HSBC Vida e Prev. (3,86%); Sul América Seg e Prev. (0,90%); Icatu Seguros (0,84%); Safra Vida e Prev. (0,74%); Porto Seguro Vida e Previdência S/A (0,54%). As demais entidades somam, no total, 2,60 % da arrecadação.

No resultado mensal por segmento, o destaque em junho ficou por conta dos planos individuais, que cresceram 50% e arrecadaram R$ 3,6 bilhões em relação ao mês do ano passado. Os planos para menores, por sua vez, tiveram alta de 34,4%, com aportes de R$ 140 milhões. Já os planos empresariais arrecadaram R$ 750,6 milhões e registraram alta de 107,1%.

Em junho, o produto VGBL obteve arrecadação de R$ 3,7 bilhões, com crescimento de 68,2%. E o volume de contribuições do PGBL registrou R$ 496,3 milhões no mês, alta de 24,7%. Já os aportes aos planos tradicionais registraram R$ 279,7 milhões no período, alta de 5,54%. Os outros produtos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) arrecadaram R$ 1,1 milhão no período, com queda de 10,9%.

Fonte: Portal Viver Seguro