A arte de planejar o futuro financeiro

 Um estudo feito com 17 mil pessoas de 17 países pelo HSBC mostrou que a preocupação em ter dinheiro para garantir uma velhice tranquila é uma meta quase global. No Brasil, mais de um quarto dos entrevistados vê a aposentadoria como uma fase de liberdade, satisfação e sabedoria.

Ainda assim, 49% dos participantes disseram que não se sentem preparados financeiramente para a aposentadoria e 17% deles associaram a ideia de se aposentar a passar dificuldades financeiras.

Para a professora e economista Anemarie Dalchau, da Univille, o comportamento do brasileiro de não se planejar para o futuro está mudando aos poucos com a entrada dos mais jovens no mercado de trabalho.
Nós temos hoje uma geração que nunca viveu incertezas econômicas, que cresceu junto com o real. E um cenário econômico estável favorece este tipo de pensamento, voltado para pensar o futuro de longo prazo avalia.

Ela acredita também que a população sabe que será complicado manter o estilo de vida só com os benefícios da previdência social, cujo teto está na casa dos R$ 3,6 mil por mês. Para dar conta desta demanda, bancos e seguradoras têm feito uso de estratégias fortes de previdência privada. A proposta é de criação de uma espécie de poupança de longo prazo, que pode ser usada tanto para se aposentar ou para realizar projetos que dependam de muitos anos de contribuição. Para Anemarie, a solução é bastante interessante: A previdência privada é uma certeza de que você terá um salário melhor quando se aposentar, mas é preciso que se tenha planejamento e organização para chegar lá sem ter sustos explica a professora.

Todo mês, o dinheiro que é aplicado no banco pode ser investido em fundos de renda fixa, como títulos da União, e em renda variável, como ações. Para os mais jovens, a recomendação da professora é que se faça um misto de investimentos entre fundos fixos e variáveis. A ideia é que é possível conseguir bons dividendos aplicando na bolsa de valores, desde que a visão seja de longo prazo. Depois, conforme os anos, Anemarie aconselha diminuir o percentual aplicado em renda variável, deixando a quantia se valorizar somente com a renda fixa.

Fonte: Clipp-Seg | Jornal de Santa Catarina