Aumenta procura de previdência privada para recém-nascidos

A previdência privada ainda está muito relacionada ao conceito de aposentadoria. Entretanto, cresce a adesão de pais e avós à modalidade de investimento para contratação de uma apólice em benefícios dos filhos e netos recém-nascidos. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), os planos para menores registraram aportes de R$ 142,9 milhões em abril desse ano, alta de 1,5% em receita se comparado ao mês anterior.

O diretor da Senzala Corretora de Seguros, André Rocha Coutinho, diz que a intenção principal da previdência privada para recém-nascidos é oferecer autonomia. “Nesse caso, o investimento funciona como uma poupança, porém com uma rentabilidade maior. Isso porque, a poupança tem remuneração mensal, ou seja, só é possível obter a rentabilidade após períodos de 30 dias, contados de cada contribuição, e na previdência privada esta correção é diária”, compara.

Geralmente, esses recursos serão usados para pagar uma faculdade, para comprar um veículo, subsidiar um intercâmbio ou até mesmo para a montagem da própria empresa. Considerando que o titular da apólice deve ter mais de 18 anos, os pais ou avós são definidos como segurados, colocando o filho ou o neto como beneficiário.

É possível também colocar a apólice em nome do filho ou neto, desde que o mesmo já tenha CPF (Cadastro de Pessoa Física) e Carteira de Identidade (RG). Nesse caso o responsável legal assina a proposta de seguro e indica os beneficiários. Coutinho diz que não há limites de beneficiários para a mesma apólice, mas que é consenso entre seguradoras e bancos a aceitação de até quatro beneficiários no mesmo certificado. “Se o número for maior, a recomendação é subdividi-los em mais apólices”, orienta.

As contribuições podem partir de R$ 50,00 mensais, embora a média de aplicação dos pais e avós seja de R$ 100,00 ou R$ 200,00 mensais. “Uma boa diretriz para definir o valor da contribuição mensal da previdência privada para menores é mensurar a quantia desejada quando o beneficiário atingir a maioridade e qual a finalidade desse dinheiro que está sendo poupado”, recomenda Coutinho.

Fazendo uma simulação em que a universidade custaria, em valores atuais, R$ 1.500,00 por mês, e o curso seria de quatro anos, o total acumulado corresponderia a R$ 72 mil, também em valores de hoje. Nessa hipótese, os aportes mensais deveriam ser de R$ 200,00, por um prazo aproximado de 15 anos. 

Fonte: Revista Apólice