Florianópolis e Itajaí atraem talentos para SC
Em Florianópolis, é o setor de tecnologia que mais atrai profissionais, já em Itajaí, é a demanda no setor logístico que mais atrai talentos (Foto: Divulgação)
A pesquisa que aponta as 10 cidades brasileiras que mais atraíram talentos entre 2005 e 2010, mostra dois municípios catarinenses na lista: Florianópolis e Itajaí. A capital do Estado aparece na 3ª posição, enquanto Itajaí fica em 5ª lugar.
Realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgada na edição de fevereiro de 2014 da revista Você S/A, o levantamento apresenta a rota dos empregos no Brasil. De acordo com a pesquisa, houve, entre 2005 e 2010, uma inversão da migração no país. Ao invés de pessoas pobres que saem do interior para as cidades grandes, o maior número de migrações ocorreu por profissionais altamente qualificados, que saíram de suas cidades em busca de melhores opções na carreira.
Brasília (DF), Curitiba (PR) e Florianópolis encabeçam a lista dos destinos mais procurados. O ranking apresenta ainda Campinas (SP), Itajaí, Itapecerica da Serra (SP), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Osasco (SP) e Porto Nacional (TO).
Em contrapartida, na lista das 10 microrregiões que mais espantaram talentos, nenhum município catarinense aparece na lista. São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Santa Maria (RS) são as cidades que mais espantaram profissionais entre os anos de 2005 e 2010. Na lista ainda aparece Belém (PA), Presidente Prudente (SP), Viçosa (MG), Ilhéus-Itabuna (BA), Vale do Paraíba-Fluminense (RJ), Ipatinga (MG) e Santo Ângelo (RS).
Cidades que mais espantaram talentos |
Cidades que mais atraíram talentos |
São Paulo (SP) |
Brasília (DF) |
Rio de Janeiro (RJ) |
Curitiba (PR) |
Santa Maria (RS) |
Florianópolis |
Belém (PA) |
Campinas (SP) |
Presidente Prudente (SP) |
Itajaí |
Viçosa (MG) |
Itapecerica da Serra (SP) |
Ilhéus-Itabuna (BA) |
Belo Horizonte (MG) |
Vale do Paraíba-Fluminense (RJ) |
Vitória (ES) |
Ipatinga (MG) |
Osasco (SP) |
Santo Ângelo (RS) |
Porto Nacional (TO) |
De acordo com a pesquisa, esse cenário é reflexo da descentralização da riqueza, antes concentrada nas metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente. Para se ter uma ideia, o PIB do interior brasileiro cresceu em média 49%, cerca de 10 pontos percentuais a mais do que nos grandes centros urbanos.
Veja abaixo porque Florianópolis e Itajaí aparecem na lista.
Florianópolis, mercado de TI aquecido
- Profissionais em alta: engenheiros da computação
Florianópolis é considerada a capital brasileira mais desenvolvida, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em aspectos como educação, longevidade e renda. Além disso, a cidade se destaca pela qualidade de vida.
Sem grandes indústrias, a capital catarinense encontrou no setor de tecnologia uma atividade econômica que se identificou com o perfil da cidade, respeitou os elementos naturais da ilha e se tornou um importante componente para o desenvolvimento local.
Atualmente, as empresas de base tecnológica formam uma das atividades organizadas que mais fatura e mais paga Imposto Sobre Serviços (ISS) no município. O faturamento do setor gira em torno de R$ 1 bilhão, o segundo maior gerador de tributos para os cofres municipais.
O setor de tecnologia impulsiona ainda o crescimento de outros setores da economia. Entre eles o da construção civil - para a instalação de novas empresas, o de turismo - atraindo eventos de negócios, e o setor de serviços - diante da necessidade por assessorias e consultorias em diferentes áreas.
A cidade possui cerca de 600 empresas de software, hardware e serviços de tecnologia, que geram cerca de 6 mil empregos diretos.
Itajaí, a força do setor de logística
- Profissionais em alta: especialistas em logística
A força da economia de Itajaí gira em torno do seu Complexo Portuário, que impulsiona a indústria naval. A cidade registrou, nos últimos cinco anos, um crescimento médio de 153% e alcançou a segunda posição no PIB de Santa Catarina.
Em virtude do desenvolvimento do município, várias empresas foram atraídas para a região. É o caso da Oceana Offshore, do fundo P2 Brasil Estaleiro S.A, que vai se instalar no município para construir e fornecer embarcações off-shore de médio porte para atuar na exploração do gás e petróleo.
Além dela, há a previsão de que pelo menos outras cinco empresas iniciem atividades na cidade, gerando, em média, 4 mil novas vagas no mercado de trabalho. O setor de logística é o que mais demanda profissionais de fora.
Fonte: Noticenter