Gerenciamento de riscos ajuda a prevenir tragédias

Em janeiro, completou-se um ano desde o incêndio que vitimou cerca de 240 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria (RS). Negligência com questões relacionadas ao gerenciamento de riscos foi um dos motivos que culminaram no acidente. Desde então, foram observados alguns avanços com relação a esses procedimentos.

“Essa tragédia pode ser considerada um marco na compreensão das causas e consequências deste tipo de risco pela sociedade. Como efeito imediato, destaca-se maior preocupação dos órgãos públicos, dos técnicos e leigos quanto a suas responsabilidades ao lidar com este tipo de evento”, explica o professor da Escola Nacional de Seguros, Sidney Leone.

Segundo Leone, os códigos contra incêndio e pânico são regionalizados e fundamentados na prescrição de medidas a serem adotadas nas edificações, em função da atividade exercida. Alguns estados começaram a adotar uma mescla entre esse modelo prescritivo e o modelo baseado em desempenho, no qual são determinadas metas de segurança a serem atingidas.

No âmbito nacional, o acidente motivou a proposição do projeto de lei que estabelece normas de segurança e funcionamento para as casas noturnas de todo o País. “Ele visa à elaboração do Código Nacional de Segurança Contra Incêndio e Pânico, pertinente à prevenção e combate de incêndios”, explica o professor.

Leone, que também é diretor da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança, leciona no workshop Gerenciamento de Riscos: Tragédias são Evitáveis, desenvolvido pela Escola para mostrar a importância do gerenciamento no tocante à prevenção do risco de incêndio e redução de seus impactos por meio de medidas mitigadoras.

Com três horas de duração, o workshop acontece no dia 3 de junho, em Curitiba (PR), e 21 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ). Ele é direcionado a corretores, seguradores, gestores de riscos, engenheiros e técnicos de segurança, arquitetos e empresários. Mais informações estão disponíveis no www.funenseg.org.br.

Fonte: Escola Nacional de Seguros