Seguro para bens de luxo: como calcular o valor de obras de arte e joias?

No caso de obras de arte, a melhor forma de se obter uma avaliação seria a de procurar um escritório de arte conceituado. Geralmente, as obras avaliadas possuem laudo de autenticidade e valor de mercado, serviço conhecido como expertise. Para as joias, o seguro não garante o valor afetivo.

A avaliação pode ser feita por um designer ou joalheiro reconhecido no mercado. Das particularidades desses bens deriva a diferença do cálculo entre os seguros de automóvel e de obras de arte, joias, acervos particulares, coleções valiosas etc. Fundamentalmente a distinção entre esses tipos de seguro está no risco que cada um deles representa para a seguradora.

Enquanto uma obra de arte fica guardada em casa ou em museus e galerias, o automóvel circula e, muitas vezes, é estacionado nas ruas. Mas esse é apenas um dos critérios que orientam o custo da apólice de uma obra de arte. Um dos riscos que influenciam bastante é o de incêndio. Para avaliar o custo dessa garantia, a seguradora vai levar em conta o local em que a obra se encontra, a região onde o imóvel está situado, a existência ou não de sistemas de segurança e alarme, a estrutura da construção e as condições da instalação elétrica.

Cabe ao proprietário de uma obra de arte providenciar a avaliação por um marchand, que cobra por seus serviços cerca de 1% do valor de avaliação. Supondo que sejam vários bens a serem avaliados, as taxas de seguro e avaliação podem ser negociadas e reduzidas. Obras de arte, assim como joias e relógios de luxo, que valem mais de R$ 2 milhões, vão exigir a contratação de resseguro, uma apólice que garante as seguradoras contra riscos de valores acima de sua capacidade financeira.

O aumento ou a redução do prêmio vai depender também do gerenciamento dos riscos, que o profissional especializado da seguradora realiza. Alguns riscos, inclusive, não têm cobertura do seguro, como infiltrações e ataque de cupins, por serem considerados descuidos do segurado.

Fonte: CQCS