Além de vantagem competitiva, inovação gera bem-estar e realização

 

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Ex-presidente da Real Seguros e da Iochpe Seguradora, tendo também ocupado cargos de vice-presidência na Bradesco Seguros e SulAmérica, Júlio Bierrenbach é bacharel em direito pela UFRJ, estando à frente da Cia das Palestras, com mais de 500 apresentações sobre o mercado segurador e de saúde realizadas nos últimos 15 anos. Além disso, é gerente geral (voluntário) da Associação Palas Athena do Brasil: Sociedade de Estudos Filosóficos, tendo sido eleito em 2002 Personalidade Nacional de Destaque no Setor de Seguros pela Associação Nacional de Previdência e Seguros.

Pelo segundo ano consecutivo, Júlio Bierrenbach é também jurado do Prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, organizado pela CNseg, e entrevistado do Portal CNseg na série de entrevistas com todos os jurados.

Para o senhor, o que é inovação?

Para muita gente inovação é sinônimo de invenção. Embora as invenções sejam uma forma de inovação eu prefiro pensar que inovar é aprimorar um produto ou rotina existente seja no conteúdo ou em sua forma. Fazer o diferente da mesma forma ou fazer de forma diferente o que já tem sido feito.

Quando penso em inovação sempre me lembro do Comandante Rolim da TAM. Servir café quente e coca gelada em avião pode parecer simples mas ele foi o primeiro a inovar nessa prática. E que tal servir um coquetel na sala de embarque?

Vai ver que foi pensando nisso que uma seguradora muito inovadora em nosso país passou a entregar um sanduíche no momento do atendimento de sinistros.

De que forma as práticas inovadoras devem fazer parte da pauta das empresas? Por quê?

A prática inovadora deveria ser o primeiro objetivo de todas as áreas de treinamento e planejamento. Quem não inova se torna obsoleto muito rapidamente. Além da vantagem competitiva que tem aquele que faz primeiro, o ambiente empresarial se torna muito menos árido porque afinal a inovação gera muito bem-estar e realização.

Que setores do mercado de seguros apresentam maior abertura ao investimento e à adoção de práticas inovadoras?

Todos os setores, do mercado de seguros ou de qualquer outro, devem ter enorme abertura para adoção de práticas inovadoras. Pra não falarmos em puro mercantilismo comparemos as diferentes vertentes das religiões cristãs e constatemos que crescem mais aquelas que, não modificando o conteúdo, têm inovado na forma.

Quais são as recentes evoluções percebidas no mercado de seguros no que diz respeito à inovação?

São notáveis as assistências 24 horas, as garantias estendidas. Mas todas as rotinas de aceitação de seguros e de regulação de sinistros foram muito aprimoradas nos últimos anos com a ajuda de novas ferramentas como por exemplo a internet.

Haveria muito mais inovação se não houvesse tanta interferência desnecessária do regulador.

Fonte: CNseg