Mudanças climáticas já são o maior risco global do ranking do estudo Global Risks

Mudanças climáticas são, pela primeira vez, o maior risco global do ranking do estudo Global Risks, conduzido e divulgado pelo Fórum Econômico Mundial. A 11ª edição, de 2016, conta com a opinião de 750 especialistas, que avaliaram 29 riscos globais tanto pelo impacto como pela probabilidade num horizonte de 10 anos. Depois de cinco anos entre os cinco maiores riscos de impacto global, o fracasso nas medidas para mitigar os impactos das alterações climáticas o levou à liderança, sendo agora visto como o risco que terá consequências mais significativas, superando o risco de armas com poder de destruição em massa e crise hídrica. Em quinto lugar vem a migração involuntária em grande escala, que está no topo da categoria dos "riscos avaliados como mais prováveis".

Entre os riscos globais que são graves devido à combinação dos seus impactos com as probabilidade de ocorrência, o estudo aponta os riscos econômicos, incluindo crises fiscais em economias-chave, e o elevado desemprego ou subemprego. Ataque cibernético ficou na 11ª colocação, tanto em probabilidade como em impacto.

Além de medir a probabilidade e impacto potencial, o relatório Global Risks 2016 também examinou as interconexões entre os riscos. Os dados sugerem que há uma convergência em riscos-chave. No topo da escala, os dois riscos mais interligados na edição 2016 são a instabilidade social e o desemprego estrutural. O conhecimento de tais interligações é importante para ajudar os líderes a priorizarem áreas de ação e planos de contingências. "Nós sabemos que as mudanças climáticas estão agravando outros riscos, tais como migração e segurança, mas estes não são de modo algum as únicas interconexões que estão evoluindo rapidamente para impactar a sociedade, muitas vezes de forma imprevisível. As medidas de mitigação contra tais riscos são importantes, mas a adaptação é vital ", disse Margareta Drzeniek Hanouz, chefe da Competitividade e Riscos Global, do Fórum Econômico Mundial.

>> O estudo completo pode ser acessado clicando aqui

Fonte: CNseg