Desempelho dos melhores alunos brasileiros no Pisa é igual ao da média internacional

O iDados, instituição dedicada à análise de dados e de evidências sobre a educação brasileira, publicou recentemente um boletim onde avalia o desempenho dos alunos brasileiros no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), comparando com o desempenho dos alunos de outros países.

O Pisa é uma avaliação realizada a cada três anos pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para mensurar o nível de conhecimento de estudantes na faixa dos 15 anos de idade em três áreas: Linguagens, Matemática e Ciências. A última edição, com dados de 2012, compara o nível de estudantes em 65 países e economias. Desses, 34 são países ricos integrantes da OCDE. Os demais são grupos econômicos, como Hong Kong, Xangai e Macao, e nações convidadas, como o Brasil.

Na avaliação do Pisa, o Brasil é o 8º pior país na prova de matemática, sendo que 25% dos estudantes têm notas ruins em matemática, interpretação de texto e/ou ciências, apesar de significativa melhora nos resultados quando comparados com os de 2000, sobretudo em relação aos alunos com pior desempenho.

Outro triste dado apontado pelo relatório é, que mesmo entre a elite estudantil, os 5% de alunos brasileiros com melhor desempenho no exame, a situação não é boa, com esse nível de desempenho próximo ao da média dos países da OCDE e com evolução estagnada desde 2003.

De acordo com o presidente do iDados, Paulo Rocha e Oliveira, este é um dado particularmente relevante, pois o bom desempenho da elite intelectual de qualquer país tem um impacto muito maior sobre o PIB que o desempenho intelectual da média. Isso ocorre pois é a elite intelectual a principal responsável pela inovação, espelhada, por exemplo, no número de regitros de patentes, que no Brasil também ocorre em níveis muito baixos.

Diante dos dados, o Boletim faz uma projeção para os próximos anos e mostra que, na hipótese de aumento de 1,5% na nota média do Brasil no Pisa a cada três anos, só atingiremos a atual nota média dos países da OCDE em 2060.

Acesse aqui o Boletim.

Fonte: CNseg