8º encontro de Resseguro reúne mais de 700 pessoas no Rio de Janeiro

O tema central do evento organizado pela Confederação das Seguradoras (CNseg) e Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber) é “Resseguro: Apoiando o Desenvolvimento”.

Durante a cerimônia de abertura, o presidente da Fenaber (Federação Nacional das Empresas de Resseguros), Paulo Pereira, falou de recentes conquistas do setor de resseguros: o assento no Conselho Nacional de Seguros Privados e a inversão do entendimento da Receita Federal sobre o imposto das resseguradoras admitidas.

Ele falou também sobre as oportunidades do setor. “Vemos como oportunidades os seguros para riscos cibernéticos, que podem atingir valores catastróficos, e o resseguro para o setor de saúde suplementar e previdência”, segundo ele, são temas que já estão em análise na Susep já que as seguradoras apresentaram produtos novos, por exemplo, para o setor de riscos cibernéticos.

Ele falou ainda da nova lei de licitações que tem uma cláusula sobre seguro garantia que deve também a ajudar a alavancar o setor.

Já Roberto Pereira, da Abecor, destacou a participação do corretor em um segmento do mercado tão específico e agradeceu ao convite. Destacou a aproximação com a Fenacor. “Temos um mercado e precisamos defendê-lo”, afirmou.

Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, e representando a Fenacor, falou da satisfação da Escola em apoiar o evento. “Mais importante evento de seguros da América Latina. O mercado de resseguros brasileiro é recente, mas mostra pujança e oportunidades de desenvolvimento e crescimento”, disse.

Antonio Trindade, CEO da Chubb, também destacou a importância do setor. “Não existe mercado de seguros sem resseguros. O avanço do setor depois da privatização do IRB é impressionante”, disse.

Já o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, lamentou o avanço lento das melhorias econômicas necessárias para o desenvolvimento do setor. Ele lembrou que o ano de 2018 não foi tão bom quanto o esperado, mas acredita que foram criadas bases para o desenvolvimento de 2019. “O atual Governo já mostrou seu ímpeto reformista e a equipe econômica sinaliza com a aceleração das conversas com o setor privado”.

O secretário de Desenvolvimento de Comércio, Indústria e Inovação do Ministério da Economia, Caio Megale, participou da abertura e fez a primeira palestra do encontro. Ele disse que o bom funcionamento dos mercados de seguro e resseguro é fundamental para a retomada da confiança e do desenvolvimento econômico.

Ele defendeu reformas de setores essenciais, como a da previdência porque, segundo ele, com as reformas o Governo volta a ter suas contas equilibradas. Para ele, 2018, apesar da turbulência por conta de ter sido um ano eleitoral, começou a mostrar sinais de leve recuperação, ainda que com uma velocidade aquém da desejada.

“Devemos ter confiança no cenário de reformas e na quebra do excesso de regulação, além da agenda de melhorias do ambiente de negócios”.

Ele disse que historicamente a recuperação econômica de momentos de crise no Brasil passaram pelas mãos do Estado que investia em obras, por exemplo.

E isso dificilmente vai acontecer dessa vez já que não há dinheiro para investimento. Segundo Megale, o governo pretende estimular o mercado desobstruindo a economia e reduzindo a burocracia.

Ele defendeu o mercado segurador na redução de riscos para a economia. “Um setor de seguros e resseguros forte e bem regulamentado é fundamental. Nossa ideia não é tirar completamente as regulamentações.

É importante que as agências regulatórias, de forma geral, acompanhem e garantam o bom funcionamento da economia. Mas acreditamos, em diversas áreas, que existe um excesso e isso precisa ser repensado para, como diz o presidente Bolsonaro, tirar o governo do ‘cangote’ das empresas e dos mercados”, afirmou.

Fonte: CQCS | Sueli Santos