Seminário apontou tendências para seguros e negócios em 2020

A matriz da ENS, no Rio de Janeiro (RJ), sediou, no dia 5 de dezembro, o seminário “2020, o que esperar para os negócios e o mercado de seguros?”. Com transmissão ao vivo pela internet, o evento contou com nove palestras, nas quais foram debatidos desafios e oportunidades que deverão surgir na economia nacional, sempre com olhar voltado para o mercado de seguros e segmentos de negócios afins.

A manhã foi reservada a assuntos comportamentais, sobre gestão e também da área de Finanças. O primeiro painel, Consumer Insights, teve moderação da pesquisadora do Coppead/UFRJ, Camila Braga, e apresentações da jornalista Renata Barros e da gerente de Marketing dos Shoppings Rio Design Barra e Leblon, Fabiana Leite.

As especialistas analisaram o perfil e o comportamento do consumidor atual, que busca uma experiência individualizada e sustentável, exercendo posição de protagonismo no momento da compra. “Ele está no centro da decisão, é um indivíduo hiperconectado, consciente e ativista”, afirmou Fabiana Leite.

Na sequência, a professora convidada e consultora da Mais Que Isso, Bianca Dramali, deu continuidade aos debates sobre relações com consumidores, incluindo um viés voltado para colaboradores de empresas. Em ambas as discussões, a humanização entre as partes foi apontada como elemento essencial. “100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende as pessoas, você não entende de negócios”, declarou Bianca, citando o consultor britânico Simon Sinek.

O seguro em um mundo em transformação

Liderança 4.0 e Gestão & Investimentos foram os temas das duas últimas palestras da manhã. Na primeira, a consultora e assessora de empresas, Anna Cherubina Scofano, explicou as seis dimensões do conceito de Liderança 4.0: humanista, holística, integrada e tecnológica, negócios e resultados, estratégica e criativa.

Já o especialista em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria, Luis Vivanco, apresentou um balanço da economia neste ano e fez projeções para 2020, analisando os cenários interno e externo e recomendando os investimentos que devem ter as maiores rentabilidades nos próximos 12 meses.

A programação da tarde começou com a superintendente Jurídica da Generali, Liliana Caldeira. Ela explicou de que maneiras a gestão jurídica em seguros e resseguros habilita profissionais para lidar com a potencialidade de novos produtos e interagir com a liberdade que a regulação deve propiciar em breve. “O setor de seguros está em transformação, assim como todos os outros segmentos produtivos. E o Direito está sempre atrelado a essa realidade, então, precisamos buscar conhecimentos para acompanhar e dialogar com as mudanças e potencialidades desse novo momento”.

Em seguida, o coordenador da cátedra de Inovação e Operações da ANSP, Sérgio Hoeflich, apresentou o cenário contemporâneo e o perfil dos profissionais de gestão de riscos e seguros. “O mercado securitário sofreu e ainda vai sofrer muitas transformações, por isso, a cada dia se torna mais relevante a criação de programas que se insiram não só no mercado securitário, mas também na cadeia de seguros”.

Atualização e Inovação

A terceira palestra da tarde coube a Leonardo Carâp, médico do Ministério da Saúde. Carâp analisou de maneira global o contexto de mudanças e incertezas no setor da Saúde. “Trazer modificações para este segmento é um problema a partir do momento em que consideramos a máxima ‘time que está ganhando não se mexe’. Quando não nos atualizamos o time começa a perder, precisamos investir na Indústria 4.0 e na Saúde 4.0 para não ficarmos obsoletos”.

A importância da transformação digital no marketing foi o assunto enfocado pelo diretor da Abradi-RJ, Fábio Medeiros. Ele abordou maneiras de se relacionar com as ferramentas disponíveis no mercado a fim de entregar uma boa análise das informações e tomar as melhores decisões. “O que está mudando o mercado de seguros, por exemplo, são as insurtechs, que ajudam as corretoras de seguros a recolher dados para avaliar se um cliente tem ou não mais risco do que outro, de acordo com seu comportamento”.

O responsável pela última palestra do seminário foi o pós-graduado em Administração pela FGV/CEAG, Luiz Macoto, que abordou, dentre vários temas, a importância do setor securitário na economia do País. Macoto analisou as tendências e os impactos das novas tecnologias no segmento. “As seguradoras estão inovando, mas isso vem ocorrendo de maneira separada, ou seja, a inovação não se dá diretamente no negócio, de maneira disruptiva. É provável que isso aconteça em breve, mas ainda não verificamos essa tendência no nosso mercado”.

O encerramento do evento foi feito pela coordenadora do CPES, da ENS, Natalia Oliveira. “O intuito desse seminário foi justamente colocar ‘água na boca’ de vocês para que, no próximo ano, tenhamos todos aqui na ENS, para discutir, entender e nos aprofundar nos rumos do mercado de seguros”, finalizou.

Quem não assistiu às palestras pode acessar o conteúdo no canal da ENS no Youtube.

Fonte: ENS