Acidentes de trânsito matam uma pessoa a cada 12 minutos no Brasil

Um estudo inédito revela um número assustador: a cada doze minutos, em média, uma pessoa morre num acidente de trânsito no Brasil.

Entre as dez maiores cidades do país, Recife é a que tem o maior índice de mortos em acidentes de trânsito por 100 mil habitantes. A segunda é Fortaleza. Porto Alegre e São Paulo são as menos violentas.

O que explica que uma cidade como São Paulo, que tem a maior frota de veículos, esteja entre as menos violentas? O rigor da fiscalização.

Usar a seta para indicar mudança de direção, por exemplo.

“Não usa, não usa. Na capital se usa mais. Eu moro no interior, é pior ainda lá”, comenta o gerente financeiro Felipe Gabani.

Tornar a fiscalização mais próxima, passando a responsabilidade para os municípios, é uma das saídas apontadas pelo estudo. A medida, prevista pelo Código Nacional de Trânsito há 17 anos, só foi adotada por uma em cada quatro cidades brasileiras. Outra recomendação é universalizar a educação para o trânsito.

“Desde o início do processo educacional na escola, nos níveis primários, até na melhoria da qualidade de formação do condutor, que é uma deficiência muito grande hoje que o país tem”, destaca Paulo Guimarães, diretor do Observatório Nacional de Segurança Viária.

O estudo aponta que o Brasil tem um dos trânsitos mais violentos do mundo. Quase meio milhão de pessoas morreram em acidentes entre 2001 e 2012; 36% eram motociclistas.

Rodrigo não entrou nesta estatística por muito pouco. Ele sofreu um acidente de moto em uma avenida em São Paulo. Perdeu os movimentos no braço esquerdo e agora sente dor o tempo todo.

“Eu estava vindo em uma mão. De repente, um rapaz surgiu na contramão. Eu estava atrás de uma caminhonete, ele surgiu na contramão e me pegou em cheio”, conta Rodrigo.

Uma situação que, mesmo três anos depois, ainda é possível se repetir.

“O culpado não era eu, foi o rapaz que surgiu na contramão”, concluir Rodrigo, enquanto observa um motociclista cometendo o mesmo erro.

Para ver o vídeo do Jornal Nacional, clique aqui.

Fonte: Observatório | G1