Alta de 11% eleva receita do mercado a R$ 61,6 bilhões

O mercado de seguros brasileiro movimentou R$ 61,674 bilhões em dez meses, 11% a mais do que a receita registrada de janeiro a outubro de 2008, segundo as últimas estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem o ramo saúde. No período, as seguradoras desembolsaram R$ 17,521 bilhões com o pagamento de sinistros, crescimento de 14,6%, e outros R$ 7,187 bilhões com despesas comerciais, alta de 6,8%. As vendas de planos de vida geradores de benefício livre (VGBLs) chegaram a R$ 22,892 bilhões em outubro, 22,7% acima dos prêmios contabilizados em igual período do ano passado. O montante representou 37,1% de todo o faturamento do mercado. Sem o VGBL, o crescimento médio da atividade de seguros brasileira cairia para 5,1%,com vendas na casa de R$ 38,782 bilhões. Com receita de R$ 11,364 bilhões, os seguros de pessoas aumentaram 13,7%, com a apólice de vida subindo 12,6% e a de prestamistas, 18,5%. No seguro de automóvel, incluindo a responsabilidade civil facultativa, as seguradoras cresceram 11%, ao captar R$ 13,928 bilhões. PROPRIEDADE No segmento patrimonial, que avançou 5,7%, movimentando R$ 5,533 bilhões, os seguros de riscos de engenharia continuaram se destacando, com crescimento de 75,9% até outubro, para R$ 535,1 milhões. Outro bom desempenho foi verificado na carteira de riscos operacionais, cujas vendas de R$ 1,014 bilhão subiram 19,5%. Com faturamento de R$ 838,8 milhões, os pacotes residenciais cresceram 7,5%, enquanto os multirriscos empresariais permaneceram próximo da estabilidade, com pequena alta de 2,9%, para R$ 1,032 bilhão. Os dados da Susep mostram ainda um recuo de 7,6% nos ramos de transportes, cuja receita atingiu R$ 1,366 bilhão de janeiro a outubro. Transporte nacional subiu 3,8%, enquanto o seguro de importação e exportação despencou 19,5% e o de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga decresceu 7,3%. Já os seguros financeiros, sem a fiança locatícia, movimentaram R$ 625,3 milhões até outubro, mantendo o forte ritmo de expansão que se verifica desde o começo do ano. Em dez meses, o aumento foi de 72,8%, sobressaindo-se a carteira de concessões públicas, que cresceu 170,9%, e a de garantia judicial, cujo incremento foi de nada menos que 415,4%, para R$ 113,1 milhões. Na carteira de crédito interno, por sua vez, os dados da Susep apontam recuo de 7,3%, com receita de R$ 356 milhões, nas coberturas para pessoas físicas e para empresas. Queda acentuada foi observada no seguro de crédito individual, de -24,2%. Nos seguros rurais, cujos prêmios têm subvenção do governo, a evolução foi de expressivos 38,2%, ao atingir receita de R$ 826,7 milhões. Fonte: Jornal do Commercio