Segundo informações da Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp) os resultados de dezembro influenciaram para que os fundos de previdência encerrassem o ano com um volume de captação de R$ 19,5 bilhões, o que representou um crescimento de 3,9% na comparação com 2004, quando R$ 18,8 bilhões em novos recursos ingressaram na previdência complementar. Para o presidente da Anapp e diretor da Itaú Vida e Previdência, Osvaldo do Nascimento, as mudanças do mercado de previdência complementar no ano passado deram início de um ciclo de crescimento sustentado do setor. "Foi uma fase estratégica para o mercado no país, porque plantamos as bases para um desenvolvimento contínuo nos próximos anos. Mas ainda há muito o que fazer. O mercado para planos de previdência tem um potencial enorme e nosso maior desafio é continuar estimulando a cultura do brasileiro para poupança de longo prazo". O dirigente também acredita que as mudanças no regime tributário foram bastante positivas. "Ficou claro para o mercado que investir em planos de previdência beneficia o investidor em três momentos. Em primeiro lugar, na aplicação. Durante o período de acumulação de recursos não existe tributação, o que se torna uma vantagem em relação ao outros investimentos". Outro momento em que o investidor da previdência tem vantagem em relação a outros investimentos, segundo Nascimento, é no recebimento do benefício ou do resgate. "Nesse ponto, o investidor pode escolher o regime de tributação mais adequado às suas necessidades, observando que, caso escolha o regime de tributação regressiva, ele será premiado com redução de impostos à medida que deixar os seus recursos por mais tempo." A terceira vantagem, na opinião do presidente da Anapp, é que o investidor também permanece com a vantagem de abater até o limite de 12% da renda bruta tributável no calculo do Imposto de Renda. "Lembrando que essa opção é vantajosa para o cidadão que faz a sua declaração segundo o modelo completo". (Fenaseg)