Anapp: reservas em previdência crescem 31% até abril

Foi de 31,45% o crescimento do volume de recursos depositados em planos de previdência de janeiro a abril de 2005, em comparação com o mesmo período do ano anterior, ultrapassando a barreira dos R$ 65 bilhões. A informação é do balanço quadrimestral da Anapp - Associação Nacional da Previdência Privada. Segundo a entidade, os planos tradicionais ainda somam a maioria dos investimentos em reservas técnicas, com um volume de 41%, seguido pelo VGBL (31%), PGBL (27%) e FAPI (1%). Já o montante de novos depósitos chegou a R$ 5,2 bilhões no período entre janeiro e abril, registrando recuo de 8,43%. Mas, levando-se em conta que em fevereiro deste ano, quando as regras do setor ainda não estavam completamente definidas, os novos depósitos em previdência chegaram a registrar queda de 14,61%, o desempenho do quadrimestre pode refletir sinais de recuperação. Segundo Osvaldo do Nascimento, presidente da Anapp e diretor da Itaú Vida e Previdência, o desempenho das captações é reflexo da regulamentação do governo em relação à lei 11.053, que altera o regime tributário para os planos de previdência complementar, e também fruto do esforço das seguradoras na explicação das novas regras ao consumidor. “À medida que o governo passou a regulamentar as novas regras de previdência, o poupador voltou a depositar seus recursos nos planos”, afirma Nascimento. A expectativa, segundo o executivo, é que o segmento registre crescimento das captações já a partir de segundo semestre. “A nossa meta é alcançarmos o mesmo volume de crescimento em reservas do que no ano passado, que chegou a 35%”, complementa. Para Nascimento, a prorrogação do prazo de escolha do regime tributário, aprovada em meados de maio, vai possibilitar às empresas um tempo maior para reforçar a comunicação do setor em relação às novas regras. “Estão sendo previstas diversas ações de comunicação, como workshops, cartilhas informativas, marketing direto e outras formas para que os investidores tenham plena consciência da escolha que farão”, afirma. (Fenaseg)