Atingido por incêndio, Velódromo Olímpico não contava com qualquer tipo de seguro

O Velódromo do Parque Olímpico do Rio de Janeiro, atingido por um incêndio no último domingo, 30 de julho, não contava com a proteção de nenhum tipo de seguro, como informado pela Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) e pela Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe).

De acordo com esta última, o local até contou com seguro durante a obra, mas em 23 de dezembro do ano passado o Ministério do Esporte e a Prefeitura do Rio de Janeiro assinaram contrato de cessão da área, passando a responsabilidade pela manutenção e gestão do local ao Governo Federal.

Entretanto, de acordo com o Ministério do Esporte, o município não cumpriu parte do rito solicitado em contrato, o que inviabilizou a proteção do patrimônio. Já a Prefeitura do Rio, informou que o termo de cessão do Velódromo para o Ministério dos Esportes previa levantamento conjunto das instalações, mas o Ministério dispensou os técnicos da RioUrbe e assumiu essa tarefa.

A informação, porém, é contestada pelo Ministério dos Esportes, que afirmou ter solicitado reiteradas vezes que a Prefeitura informasse quais instalações deveriam ser segurada e a extensão desses seguros.

Por sua vez, a RioUrbe, já em uma nova gestão, assumida em janeiro, após a posse de Marcelo Crivella como prefeito do Rio, afirmou desconhecer essas obrigações contratuais, mas que fará reuniões com o departamento jurídico para se debruçar sobre os contratos.

Ironicamente, apesar da distração dos órgãos públicos em relação ao seguro do Velódromo, havia a preocupação de manter o piso de maneira de pinus siberiano, importado da Alemanha, em bom estado, razão pela qual o ar-condicionado do Velódromo ficava ligado 24 horas por dia, 7 dias por semana, a um custo estimado em mais de R$ 3,5 milhões até o fim de 2017. Infelizmente, o piso também não escapou do incêndio.

E além do Velódromo, cuja construção custou quase R$ 150 milhões, as Arenas 1 e 2 e do Centro Olímpico de Tênis, a Arena do Futuro e o Centro Aquático também não contam com qualquer tipo de proteção securitária atualmente.

Fontes: CNseg |  Globo.comEstadão e G1