Bons ventos da recuperação da economia brasileira devem fortalecer ainda mais o mercado de seguros no país

O oitavo painel do último dia (14/10) do 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, que debateu a realidade e os desafios do setor, começou com uma boa notícia. De acordo com a jornalista especializada em economia da GloboNews, Denise Barbosa, a recessão já passou. Ela alertou que a situação econômica do país ainda é difícil, principalmente em relação às contas públicas, porém, as taxas de desemprego começaram a cair e as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) são de crescimento.

Para Denise, é preciso acertas as contas e os gastos do Governo para garantir um crescimento sustentável. Ela também observou que o mercado de seguros registrou uma evolução mesmo com a economia em baixa.

“Quando o país voltar a crescer, isso vai dar um gás no segmento e será preciso ter gente boa e qualificada trabalhando. Esse é o caminho para crescer como profissional e também para ajudar o país a crescer”, afirmou.

O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, concordou com o cenário positivo apontado pela jornalista e disse que, com um novo crescimento da economia brasileira, teremos também um avanço no protagonismo do setor de seguros.

“Temos que ressaltar a resiliência da nossa indústria que, mesmo na crise, manteve uma evolução de 7% ao ano. As perspectivas são promissoras para o nosso segmento, impulsionadas por conquistas como o auto popular, o seguro de vida universal e a revisão do VGBL e do PGBL. Entre os desafios, temos um enfrentamento importante: proteção veicular não é seguro”, observou.

O superintendente da Susep, Joaquim Mendanha, também participou do painel e destacou que a autarquia criou uma comissão para discutir o impacto da inovação no mercado. Ele ressaltou que o órgão não é contra mudanças tecnológicas, porém, elas precisam estar alinhadas às diretrizes do setor e suas regulações.

“Somente em relação à proteção veicular, temos 180 ações civis públicas e 200 processos administrativos em apuração de indícios de irregularidades. O corretor de seguros tem um papel importante no combate ao mercado marginal”, completou.

O deputado federal e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço da Câmara dos Deputados, Lucas Vergilio, também comemorou a recuperação econômica do país. Entretanto, de acordo com ele, ainda assim o mercado de seguros não tem o espaço que merece na pauta do Governo.

“É preciso destacar o impacto social do mercado de seguros para o país e mostrar que o setor gera riqueza e empregos. Temos que nos unir para chamar atenção dos demais deputados”, concluiu.

O presidente da Bradesco Seguros, Octavio de Lazari, reiterou a afirmação de que os corretores são fundamentais para o crescimento do mercado. Ele acrescentou que esses profissionais são o elo mais forte na cadeia, já que são eles que conhecem os clientes e os aconselham, mantendo assim uma relação duradoura e de confiança.

Fechando a mesa, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, analisou o problema do mercado marginal e destacou iniciativas como o auto popular e a Lei do Desmonte como caminhos para combater essa situação. Ele fez um breve balanço sobre o evento e agradeceu a participação de mais de 5 mil congressistas.

“Acredito que conseguimos atingir os nossos objetivos no 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros. O primeiro deles foi deixar a zona de conforto nesses tempos de disruptura. Saímos daqui com várias provocações e desafios. Destaco também que o evento foi acompanhado por 19 mil pessoas nas redes sociais e 6,8 mil na internet. As oficinas foram um sucesso, contando com a participação de mais de 800 corretores diariamente”, finalizou.

Fonte: CQCS | FSB Comunicação