Brasil salta cinco posições no ranking mundial de seguros

Mesmo que 90% dos US$ 4,3 trilhões em prêmios que o mercado de seguros deve movimentar em 2008 estejam concentrados nos países ricos, são os em desenvolvimento que puxam a expansão do setor. Segundo pesquisa do economista Alexis Cavichini, o Brasil, em 2008, saltará cinco colocações no ranking do mercado de seguro global, passando de 19º para 14º, ultrapassando Austrália, Taiwan, Bélgica, Suíça e África do Sul. De acordo com o estudo, o Brasil vai apresentar um faturamento histórico de R$ 100 bilhões neste ano, ou seja, R$ 24,5 milhões a mais que em 2007. Outro exemplo de crescimento acelerado é a China, que saltará da 10ª para a 6ª posição, com prêmios de US$ 204 bilhões neste ano. Para efeitos de comparação, os Estados Unidos crescerão apenas 2,1%, para US$ 1,255 trilhão. De acordo com Cavichini, o prêmio de seguro projetado para o Brasil em dólar é de US$ 62,5 bilhões, um crescimento de 61% em relação a 2007, quando apresentou um total de US$ 38,786 bilhões. Segundo ele, o mercado de seguros vai sentir, ainda neste segundo semestre de 2008, os reflexos do crescimento da classe média no Brasil. "O consumo per capita de seguro será da ordem de U$ 332, o que fará com que o Brasil seja o segundo país em consumo de seguros por habitante na América Latina, só superado pelo Chile, onde o consumo é de US$ 380 por habitante", diz Cavichini. Para ele, mesmo com a economia em desaceleração, os seguros de vida continuam em expansão, sustentados pelos planos de previdência e aposentadoria. "Nos países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil, o crescimento do mercado será mais intenso", diz. Segundo ele, até maio, o ramo de pessoas representava 51% do mercado. No ramo de pessoas, por exemplo, existem diversos planos que facilitam a entrada da classe C e D no setor. "Há um plano na conta de luz, com valor de cerca de R$ 5 mensais, que oferece o seguro em caso de desemprego ou morte do titular", analisa. Cerca de 5 milhões de pessoas fazem parte desse plano, e a expectativa é de que atinja 10 milhões daqui a alguns anos. Segundo Cavichini, o ramo de automóveis também estimula o mercado brasileiro devido ao aumento do número de veículos novos. Para ele, a legislação precisa ser reavaliada quanto à obrigatoriedade da seguradora de comprar peças novas para veículos antigos, o que encarece o preço do seguro. "Se essa legislação for alterada, é possível alcançar 50% em unidades de veículos segurados em um prazo de dois anos." (Clipp-Seg Online/DCI)