Câmbio: entrada líquida atinge US$ 7,42 bilhões em março e US$ 31,76 bi no ano

O Brasil continua a pagar o ônus (valorização do real ou perda de competitividade das exportações, por exemplo) e a receber o bônus (impactos positivos na inflação) por ter se tornado um dos principais endereços dos investidores externos. Tanto é assim que o principal indicador, o de entrada líquida de dólares no País, alcançou até a última sexta-feira (11) de março US$ 7,42 bilhões. No ano, o fluxo cambial (entradas menos saídas) chega a US$ 31,76 bilhões. Tal montante supera o total do saldo de 2010, que foi de US$ 23,34 bilhões. No mês, a movimentação comercial contabiliza exportações de US$ 6,1 bilhões contra importações de US$ 5,59 bilhões, o que resulta em saldo de US$ 510 milhões. Dinheiro que se soma ao saldo de US$ 6,91 bilhões do fluxo financeiro, composto por investimentos, remessas de lucros, empréstimos externos e outros.

Segundo o BC, a média diária do fluxo financeiro de março é a mais alta que se tem notícia, em comparações mensais, com entrada de US$ 1,06 bilhão por dia. Reflexo da forte oferta da moeda norte-americana no mercado internacional para conter os efeitos, ainda latentes, da crise financeira de 2008. O BC divulgou também que o total de reservas internacionais chegou a US$ 313,741 bilhões na última segunda-feira (14), US$ 25,166 bilhões a mais do que o saldo final de 2010. Resultado das compras de moeda que a autoridade monetária tem feito para conter a desvalorização do dólar e proteger as exportações brasileiras.

Fonte: Portal Viver Seguro