Catástrofes naturais geraram perdas de US$ 70 bi no primeiro semestre de 2016

As perdas provocadas por catástrofes naturais totalizaram US$ 70 bilhões no primeiro semestre deste ano, um aumento significativo de 42% quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando os prejuízos somaram US$ 59 bilhões, revela estudo da resseguradora Munich Re. Desse valor, a indústria de seguros pagou US$ 27 bilhões em indenizações aos segurados de janeiro a junho deste ano. No mesmo período do ano anterior, as indenizações totalizaram US$ 19 bilhões. O resultado superou a média (corrigida com a inflação) dos últimos 30 anos, mas ficou abaixo da média registrada na última década.

As catástrofes naturais provocaram 3,8 mil mortes, bem abaixo das 21 mil registradas no mesmo período do ano anterior. Os maiores prejuízos foram provocados por dois terremotos na ilha japonesa de Kyushu em abril, um total de US$ 25 bilhões, dos quais US$ 6 bilhões tinham seguro.

“A boa notícia é que códigos de construção aprimorados e um enfoque mais inteligente por parte dos serviços de emergência e as autoridades oferecem uma proteção muito melhor às pessoas do que era o caso anteriormente”, destacou o autor do estudo, em nota divulgada à imprensa.

Os principais eventos catastróficos observados no primeiro semestre foram incêndios florestais no Canadá, enchentes na Europa e nos Estados Unidos e terremotos no Japão e no Equador. Os incêndios na região canadense de Alberta em maio causaram perdas diretas estimadas em US$ 3,6 bilhões, das quais US$ 2,7 bilhões serão cobertos pela indústria de seguros. Os danos causados por fortes chuvas e enchentes nos Estados Unidos chegam a US$ 12,3 bilhões, das quais US$ 8,8 bilhões estão asseguradas. Na Europa, o valor chega a US$ 6,1 bilhões.

Os terremotos que atingiram a ilha de Kyushu, no Japão, em abril, mataram 69 pessoas e destruíram propriedades estimadas em US$ 25 bilhões, mas apenas US$ 5,9 bilhões contavam com seguro. O estudo destaca também o terremoto no litoral do Equador que matou quase 700 pessoas, com perdas econômicas de US$ 2,5 bilhões e perda segurada de US$ 400 milhões.

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Fonte: CNseg