Chubb diz que multinacionais brasileiras estão mais interessadas em centralizar seguros na matriz

De acordo com a Chubb, uma das maiores seguradoras do mundo, as multinacionais brasileiras estão cada vez mais interessadas em centralizar na matriz a administração dos seguros de toda a organização, incluindo as subsidiárias, no exterior. “Essa solução, que concede mais agilidade às operações, já é adotada por grande parte das corporações globais de origem norte-americana e europeia”, diz Flávio Bauer, Vice-presidente para divisão de Global Account da Chubb América Latina.

Conforme o executivo, a adoção de um só programa de seguros centralizado na matriz permite melhor controle, custos geralmente mais adequados e, principalmente, evita a ocorrência de “surpresas” decorrentes de leis locais, temas regulatórios, assuntos fiscais, estabilidade política, riscos de responsabilização, costumes, exposição a catástrofes e vários outros. “A administração dos riscos cobertos pelos seguros se torna cada vez mais complexa, na medida em que a organização se internacionaliza”, ressalta.

O Vice-presidente afirma que a Chubb, em particular, possui longa experiência em centralizar programas globais de seguros a partir de inúmeras localidades, em todo o mundo. “As soluções são apresentadas com muita agilidade, a despeito dos diferentes cenários apresentados nos mais variados países”, conta. Ele diz que o modelo desenvolvido pela companhia permite que as subsidiárias realizem no próprio local a emissão de apólices, o pagamento do prêmio e a quitação dos impostos. Flávio conta que as indenizações são concedidas diretamente para as subsidiárias e de acordo com as normas locais. “Em geral, a Chubb também dispõe de profissionais para regular sinistros localmente, tendo em vista que a companhia está presente em 54 países e possui representantes em outros 120”, acrescenta.

“É importante destacar que a Chubb também desenvolveu uma ferramenta que permite às empresas multinacionais o acompanhamento online desde a implementação do programa e toda a sua evolução”, afirma Gustavo Miranda Pocai, responsável pela área de Clientes Corporativos da Chubb Brasil. Conforme o executivo, trata-se de um grande depositário de documentos, ou seja, o segurado e seu corretor acessam de forma online ordens de emissão, apólices, endossos, “invoices”, etc. Adicionalmente, segundo ele, é possível ter acesso a informações específicas acerca dos mercados ao redor do mundo e a muitos materiais publicados pela Chubb. Pocai afirma que, na mesma ferramenta, também é possível acompanhar um “boletim de sinistros” para uma melhor gestão desses episódios, bem como a publicação dos contatos importantes nos diversos países, como parte do programa multinacional de seguros. “Tudo isso pode ser acessado a partir de um só ‘computador pessoal’. É uma ferramenta formidável tanto para o cliente quanto para o corretor – que ganha melhores condições para exercer o seu papel de consultor”, finaliza.

Internacionalização das multinacionais brasileiras

Segundo o último levantamento da Fundação Dom Cabral sobre o tema*, o índice médio de internacionalização das multinacionais brasileiras cresceu de 23,2% para 27,7% entre 2014 e 2016. O cálculo leva em conta o crescimento das empresas no exterior em termos de receita, ativos e número de funcionários. Conforme o estudo, 42,3% dessas organizações havia planejado o ingresso em outros países nos dois anos seguintes após 2017. O levantamento ainda mostrou que os Estados Unidos constituem o principal destino da internacionalização das empresas brasileiras, seguido pela Argentina.

Fonte – Portal Revista Cobertura | Ranking das Multinacionais Brasileiras 2017 – Fundação Dom Cabral