Conferência discute importância de se preservar o direito dos consumidores de seguros

Estiveram reunidos, no Rio de Janeiro, cerca de 200 representantes do mercado de seguros e profissionais de segmentos do direito do consumidor, na I Conferência Interativa de Proteção do Consumidor de Seguros. O evento discutiu a importância de se preservar os direitos dos consumidores de seguros e de se estreitar o relacionamento entre as seguradoras e seus clientes, com confiabilidade e responsabilidade. Durante a solenidade de abertura, o presidente da Escola Nacional de Seguros e da Fenacor, Robert Bittar, ressaltou a importância do Direito do Consumidor para a sociedade e para o mercado. “Com a criação do Código de Defesa do Consumidor, surgiu uma nova realidade para nossa sociedade, deixando os empresários acuados. Com o Código foi possível tirar o espaço que existia entre o consumidor e o mercado de seguros. Ele foi fundamental para entrarmos na linha e, conseqüentemente, conquistar novos clientes, já que nossa interpretação de melhores práticas não era a mesma que a dos órgãos de defesa do consumidor”, analisou Bittar. Armando Vergilio dos Santos Júnior, superintendente da Susep, destacou o papel das práticas de proteção ao consumidor no país. ”A missão da Susep não é fiscalizar o setor, mas sim incentivá-lo, como órgão fomentador a proteger os direitos dos consumidores e da sociedade em geral”, informou Vergilio. Após a abertura, foram discutidos temas relevantes como a importância da informação como elemento fundamental para a proteção do consumidor de seguros e estratégias para evitar e resolver conflitos entre consumidores e seguradoras. Destaque para a advogada Angélica Carlini, especialista em Direito do Consumidor e professora da Escola Nacional de Seguros, que arrancou aplausos dos convidados ao falar com uma linguagem objetiva e animada. “Adquirir um seguro representa uma forma de satisfação para a sociedade, pois valoriza o bem de um indivíduo. O mercado precisa entender que é fundamental melhorar a comunicação ao vender um seguro e ao apresentar um contrato. É necessário proteger o consumidor de si próprio, pois este muitas vezes tem em mãos um produto e desconhece suas coberturas, causando transtornos e descontentamentos”, declarou Carlini. Ricardo Morishita Wada, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – DPDC, do Ministério da Fazenda, falou sobre a importância das empresas de seguros se preocuparem em atender cada vez melhor seus clientes e sugeriu saídas para os problemas que atormentam a relação de clientes e seguradoras, como a resolução imediata de conflitos graves, banimento de serviços enviados sem solicitação, responsabilidade substancial de cláusulas contratuais, relatórios de ouvidorias, entre outros. “Comemoramos, em 2010, vinte anos de Direito do Consumidor. Por esse motivo, aproveito a oportunidade para convidar a todos os presentes nesta conferência a contribuir para mais vinte anos de Defesa do Consumidor, com avanços e respeito aos clientes”, finalizou Wada. Esta foi a primeira edição do evento, organizado pela Escola Nacional de Seguros em parceria com a CNSeg. A intenção dos organizadores é realizar a conferência anualmente para manter vivas as questões relacionadas à Defesa do Consumidor. Fonte: Seguro em Pauta | Funenseg