Conheça as principais restrições para a compra de carro usado

A Checkauto acaba de divulgar seu relatório mensal de restrições e riscos evitados ao cliente. Segundo dados do mês de setembro, 17,6 % das consultas realizadas na plataforma on-line trouxeram algum tipo de informação que afetam o valor do veículo consultado.

De acordo com as informações, a empresa evitou um prejuízo de mais de R$ 335 milhões para os consumidores que contrataram seus serviços. Para se ter uma ideia, a cada R$1 real investido na consulta, o retorno é de R$ 57,65 em riscos evitados para o cliente.

Abaixo, José Félix, especialista em risco, explica cada uma das restrições mais citadas como impeditivo de compra:

  • Chamado de Recall

    Essa restrição foi a mais recorrente ao longo do mês, aparecendo em 24% das análises. Trata-se de um risco comum e pode impactar na segurança do novo proprietário, caso não seja identificado. “Imagine que o carro sofreu um chamado de recall, mas o antigo proprietário não atendeu. Esse problema pode surgir na sua mão, implicando sérios riscos de segurança. Temos casos em que falhas em peças causaram grandes acidentes. Então esse é uma restrição bem séria”, explica Félix;

  • Bem penhorado

    Imagine comprar um carro e depois descobrir que ele era um bem penhorado e não poderia ter sido vendido? Pois essa foi a descoberta em 8,9% das consultas realizadas somente no mês de setembro. “O risco aqui é óbvio. O comprador paga e fica sem o carro porque não consegue fazer a transferência do bem para seu nome. É prejuízo na certa”; 

  • Restrição de roubo e furto

    Houve um crescimento no último mês, saindo de 6% em agosto para quase 9% em setembro. Caso o novo proprietário desconheça a informação, além de ter seu nome envolvido em um processo criminal e precisar provar que não é responsável pelo roubo, ele não conseguirá transferir o bem para o seu nome. ”Mais uma vez, o comprador paga e acaba ficando sem o bem, podendo até ter que gastar com um processo judicial, podendo ainda ser vítima de golpes, como o carro clonado”, explica o especialista; 

  • Histórico de leilão

    15% dos carros haviam sido disponibilizados para leilão por algum motivo. Nesse caso, essa é uma informação que pode impactar a negociação do valor de venda do veículo. “Ao ter total transparência sobre o histórico do carro, o comprador tem mais clareza para dar uma oferta justa, e não se lesar posteriormente. No caso do carro que já foi a leilão, a informação é o poder de barganha do comprador”; 

  • Carro baixado

    6% dos carros consultados aparecem com essa restrição. Na prática, isso significa que o carro sofreu uma séria batida, com danos irreparáveis ao chassi. Por conta disso, o veículo sofre “baixa” no cadastro do Detran. Esse carro não poderia nem estar circulando muito menos ser vendido. “Veículos como esse representam riscos enormes à segurança. As partes estruturais do carro foram gravemente atingidas e não podem ser reparadas. Além disso, o comprador não consegue transferir o veículo para o seu nome sendo um prejuízo tanto para o bolso quanto para a vida”;

“Ao divulgarmos estes dados queremos salientar a importância de uma compra segura e transparente para todas as partes”, afirma José Félix, responsável pela área de serviços de varejo do Grupo Dekra e pela Checkauto.

Fonte: Revista Apólice