Construção: desaceleração também em fevereiro não afeta otimismo do mercado

A construção civil, um dos carros-chefe do crescimento da economia, registrou recuo no ritmo de atividade pela segunda vez consecutiva em 2011. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no âmbito da pesquisa Sondagem da Construção Civil, dão conta de que, no mês passado, a evolução da atividade do setor registrou 49 pontos, tendo com parâmetro uma variação de 0 a 100. Valores abaixo de 50 representam queda. Em janeiro, a mesma sondagem apresentou 47,2 pontos ante os 51 pontos de dezembro. Um ano antes, em fevereiro de 2010, o nível de atividade foi de 53,2 pontos. De acordo com a CNI, fevereiro é um período de chuvas, o que termina desacelerando o ritmo das obras. Também há uma queda sazonal de atividade no início de cada governo, que diminui a contratação de novas obras.

Embora a atividade do setor tenha ficado em níveis normalmente observados para meses de fevereiro, o indicador da atividade efetiva em relação à usual (50,1) pela primeira vez não se situou nos patamares registrados desde o início da série em dezembro de 2009. Em janeiro de 2011, ficou em 51,6 pontos e, em fevereiro de 2010, chegou a registrar 55,6 pontos. A Sondagem retrata o quadro de emprego e informa ter havido uma leve variação em fevereiro em comparação a janeiro, com o índice passando de 49,5 para 51,2 pontos.

O estudo ainda avalio o nível de confiança dos empresários do setor. Por ora, o viés é otimismo para os próximos seis meses, confirmado pea pontuação de todos os índices acima dos 50 pontos. Em março, o nível de atividade do setor ficou em 61,1 pontos ante os 63 de fevereiro e os 67,3 de março de 2010. O otimismo foi mantido também quando se trata de novos empreendimentos e serviços, que atingiram 61,1 pontos ante os 61,4 de fevereiro e os 67,4 de março de 2010.

A compra de insumos e matérias-primas também apresentou resultado acima de 50 pontos (60,2). Em fevereiro, o índice chegou a 61,5 e em março de 2010, a 66,4 pontos. Os empresários também demonstraram, na sondagem da CNI, que pretendem contratar mais nos próximos seis meses. O indicador de expectativa de novas contratações variou de 61,3 pontos em fevereiro para 61,5 pontos em março.

Fonte: Portal Viver Seguro