Cresce o seguro contra fraudes em empresas

Apesar de cara, cobertura contra atos de má-fé, hackers, etc. cresce, em média, 40%. Especialistas em investigação de fraudes corporativas revelam que as empresas estão cada dia mais vulneráveis à ação de fraudadores. Para se ter uma idéia, uma pesquisa da KPMG revelou que 69% das empresas já sofreram algum tipo de fraude. Diante disso, cresce a procura por seguros com cobertura de atos fraudulentos. Na Mapfre Seguros, por exemplo, a procura por esse tipo de cobertura, no ano passado, cresceu entre 30% e 40% se comparado a 2003. A Unibanco AIG, que também tem esse produto, explica que o seguro é destinado às grandes corporações. O preço é um dos principais empecilhos para a contratação do seguro. "É uma cobertura muito complexa e delicada. Em face disso, para contratar esse tipo de seguro, a empresa precisa preencher vários questionários", diz Luis Alberto Mourão, diretor da Mapfre, que também tem um seguro especial que cobre ações de "hackers" ou vírus. A seguradora vai investir nos próximos três anos US$ 100 mil nesse produto. Essa cobertura, que é bastante comum em outros países, ainda é nova no Brasil. Geralmente, o seguro cobre fraudes de empregados e atos cometidos por terceiros, incluindo fraude eletrônica e transferência de fundos. Outro setor em expansão é o seguro de responsabilidade civil dos escritórios de advocacia, que serve de proteção quando o cliente busca o ressarcimento por erros cometidos. O aumento dos contratos de seguro é proporcional ao crescimento das fraudes contra seguradoras. Em 2004, foram pagos R$ 20 bilhões em indenizações. Estima-se que 10% a 15% eram de sinistros fraudulentos. (Gazeta Mercantil)