O custo total dos acidentes em rodovias chega a R$ 24,6 bilhões. Sendo que nas rodovias federais estima-se um gasto de R$ 8,1 bilhões e nas estaduais esse número chega a R$ 16,5 bilhões. Os dados são de pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e apresentada nesta última terça-feira, 03,  pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), durante o seminário "Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito nas Rodovias Brasileiras", realizado em Brasília. O estudo revela ainda que o custo médio de acidentes com feridos fica em torno de R$ 90 mil e com vítimas fatais esse valor chega a R$ 421 mil. Os custos médios relativos às pessoas incluem custos de perda de produção, cuidados com a saúde (pré-hospitalar, hospitalar e pós-hospitalar) e remoção/ translado. Já os custos relativos aos veículos envolvem danos matérias, perda de carga e remoção/ guincho. A pesquisa desenvolvida pelo IPEA utilizou principalmente informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e os dados são referentes aos acidentes ocorridos em 2004 e 2005. De acordo a PRF, em 2005 morreram 6.352 pessoas.  No entanto, as estatísticas da Polícia Rodoviária referem-se aos óbitos no local. A pesquisa do IPEA constatou que 4.073 pessoas que estiveram envolvidas nesses mesmos acidentes faleceram posteriormente, em decorrência do acidente, ou seja, em 2005 foram ao todo 10.422 mortos em rodovias federais. A apresentação da pesquisa reuniu representantes dos Ministérios da Saúde, Transportes, Cidades, Polícia Rodoviária Federal e IPEA. Na ocasião, eles relembraram a importância do estudo para a elaboração de políticas mais eficientes para a redução de acidentes de trânsito, segundo divulgado no site do Denatran. Alfredo Peres da Silva, diretor do Departamento,  lembrou também da importância da parceria entre os diversos órgãos ligados ao trânsito. “É preciso haver uma maior integração entre os órgãos de governo para a minimização dos acidentes. Os gastos em acidentes nas rodovias, somados as perdas de vidas, já justificam toda e qualquer medida de governo, na educação, fiscalização, sinalização, para que esses números sejam reduzidos”. A idéia agora é, a partir dos resultados do Projeto, gerar propostas de políticas públicas para redução dos acidentes e seus custos, além de eliminar os obstáculos para a realização de uma boa gestão dos acidentes de trânsito no Brasil. “A divulgação desse trabalho vai nortear ainda mais os órgãos na realização de melhorias. Esperamos que a partir desses dados tenhamos condições de realizar projetos e ações diretas para a redução dos acidentes”, disse Alfredo Peres da Silva. (Fenaseg)