Dia do Consumidor é comemorado com reflexões sobre relação de mercado com segurados

O Dia Mundial do Consumidor, comemorado neste dia 15 de março, é um data especial para avaliar o que foi feito para alinhar-se às normas da legislação de defesa do consumidor e, ao mesmo tempo, um momento para refletir sobre os próximos passos para atingir "o estado de arte" nesse campo. O mercado segurador aparece bem na fotografia da relação com os consumidores, considerado o diagnóstico da advogada Angelica Carlini, especialista em relações de consumo Carlini, que é sócia do escritório Carlini Advogados Associados, lembra que o setor foi um dos primeiros que prestaram atenção no que a legislação do consumidor representava em termos de mudança cultural, adotando medidas, como as ouvidorias, em linha para atender a um consumidor mais crítico e mais exigente. Tal pioneirismo, para ela, foi bom porque os mercados que não se deram conta da nova realidade tiveram de "correr atrás do prejuízo", convivendo com os percalços que acompanham os retardatários. 

Nas palestras apresentadas a executivos do setor, Angelica Carlini tem destacado que o mercado de seguros ampliou os cuidados com a elaboração de contratos, esforça-se em aprimorar o relacionamento dos call centers com o consumidor e está cada vez mais atento aos serviços prestados pelas empresas referenciadas pelas seguradoras. O segmento de seguros implantou as ouvidorias e por meio delas estabeleceu canais mais diretos de diálogo com os consumidores.

Os avanços merecem ser comemorados, mas, a exemplo dos demais segmentos econômicos, há novos desafios no caminho do mercado segurador em busca de aprimoramentos para atender, sobretudo, aos novos consumidores. "Novamente, estão mudando os consumidores. Agora são os jovens que, dependendo da classe social, estão consumindo e muito. Percebo que esse jovens querem fundamentalemnte liberdade de escolha, diversidade de produtos, diversidade de canais de acesso."

O mercado precisará simplificar a linguagem dos contratos, eliminar ou adaptar terminologias, pensar estratégias para a inclusão de consumidores sem cultura de seguro, sobretudo os que chegam ao mercado via ascensão social, a chamada nova classe média. "Enfim, há muitos desafios. Mas o mercado segurador tem uma história bem construída no campo da relação de consumo e vai dar conta de sair bem nos próximos 20 anos", finaliza Angelica Carlini.

Fonte: Portal Viver Seguro