Furação Sandy deve ser um piores desastres naturais da história americana

Relatório Global Catastrophe Recap, produzido mensalmente pela Aon, aponta o furação Sandy como um dos desastres naturais mais custosos da história dos Estados Unidos. De acordo com a consultoria líder mundial em análise de risco e corretagem de seguros, as perdas econômicas superam US$ 30 bilhões, tendo em vista números iniciais divulgados pelos estados atingidos.

Segundo o relatório, estimativas divulgadas pela indústria sugerem que o total de perdas seguradas se aproxima ou supera US$ 10 bilhões. Mais de 60 milhões de pessoas em 24 estados foram afetadas. Os efeitos incluem mais de 8,5 milhões de interrupções de energia, 21 mil cancelamentos de voos, amplos danos à infraestrutura, dois dias sem transações nas bolsas de valores de Nova York e NASDAQ, e desligamentos de reatores nucleares.

América Central. O impacto da passagem do furacão também foi sentido fora dos Estados Unidos, principalmente em Cuba (11 mortes, 218 mil casas e outras edificações danificadas ou destruídas, perdas econômicas de US$ 2 bilhões). O relatório da Aon também informa sobre as perdas em outros países, como Jamaica (uma morte, US$ 55 milhões em perdas econômicas), Haiti (54 mortes, mais de 75.000 casas danificadas, perdas econômicas de US$ 74 milhões), República Dominicana (2 mortes, 3.500 casas destruídas), Porto Rico (1 morte), Bahamas (2 mortes, perdas econômicas de US$ 300 milhões, mais de US$ 100 milhões em perdas seguradas) e Canadá (2 mortes).

Efeitos no Brasil. Para Maurício Masferrer, diretor da Aon Risk Solutions Brasil, o mercado brasileiro de seguros não deve sentir rapidamente as consequências dessas perdas.

“A curto prazo não vejo qualquer influência do evento no mercado brasileiro de seguros. O impacto poderá ser sentido a médio prazo, nos próximos 12 meses, caso o mercado de resseguros seja afetado. Isso deve acontecer se as perdas ultrapassarem US$ 10 bilhões. Ainda assim, o impacto será indireto e estará ligado à busca de maiores retornos sobre o capital dos resseguradores, que buscarão aqueles territórios onde os preços aumentarem e que, portanto, poderão representar um maior retorno ao capital.”

Segundo Masferrer, “para analisar a reação imediata do mercado de resseguros ao evento, vale a pena ficar atento às renovações dos contratos automáticos do final do ano, que são as negociações das seguradoras para terem uma linha automática de proteção para os negócios de sua carteira, ainda que, na ocasião, não saibamos ao certo o tamanho exato das perdas. O Sandy só será totalmente ‘digerido’ nos próximos 6 meses e, até lá, as estimativas de perdas devem flutuar bastante.“

Para ver o relatório completo, acesse: http://thoughtleadership.aonbenfield.com/Documents/201211_if_monthly_cat_recap_october.pdf

Fonte: Viver Seguro OnLine