Inteligência artificial ganha de advogados de seguro na previsão de resultados de ações no órgão regulador

A inteligência artificial expande, dia a dia, sua capacidade de contribuir com as tarefas executados pelos mais diferentes tipos de profissionais. 

Recentemente, a start-up britânica CaseCrunch, criada por estudantes de direito de Cambridge, colocou seus algoritimos para competir com 100 advogados do setor securitário na tentativa de prever os resultados de questionamentos no órgão regulador sobre o Seguro de Proteção de Pagamento (PPI, na sigla em inglês), que é um produto que garante o reembolso de um crédito contraído se o mutuário morrer, ficar doente, incapacitado, perder o emprego ou enfrentar outras circunstâncias previstas que possam impedir a quitação de sua dívida em questão. 

Para a competição, os advogados e a inteligência artificial receberam informações básicas sobre mais de 750 casos reais envolvendo a venda incorreta desse seguro massificado inglês, que tem feito os bancos britânicos perderem muito dinheiro em indenizações ao fazerem consumidores adquirirem o produto quando não solicitado.

Enquanto os advogados de carne e osso conseguiram uma taxa de acerto de 62%, a inteligência artificial alcançou um índice de 87%.

A principal razão para a vitória da máquina, segundo os responsáveis pela competição, é a sua melhor compreensão de fatores "não legais" em relação aos advogados. Isso não significa, dizem eles, que as máquinas serão sempre melhores que os advogados nas previsões dos resultados, mas que quando uma questão é definida com precisão, elas têm muito a contribuir nesse campo. O experimento também sugere que os fatores "não legais" tem um impacto nas decisões maior que o inicialmente suposto. Entretanto, segundos os responsáveis, mais pesquisas ainda não necessárias para resultados conclusivos. 

Fonte: CNseg | Artificial Lawyer