Mercado assina protocolo para educação em seguros

A Escola Nacional de Seguros, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) firmaram, ontem, 19 de maio, no Rio de Janeiro (RJ), protocolo de intenções para o desenvolvimento e a execução conjunta de programas relacionados à educação em seguros.
 
O documento foi assinado durante a cerimônia de abertura do 1º Seminário Susep de Educação Financeira, que faz parte da 3ª Semana Nacional de Educação Financeira. A Semana ENEF, como é conhecida, é uma iniciativa do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), do qual Susep e CNseg fazem parte.
 
Segundo o presidente da Escola, Robert Bittar, um dos integrantes da mesa solene, disseminar a cultura do seguro sempre foi uma das missões da Instituição desde a sua criação. Prova disso foram os diversos projetos com esse foco desenvolvidos nas últimas décadas, como “Seguro: Um Projeto de Vida” (1994), “Cultura do Seguro” (2003) e “Se Segura, Seu Silva” (2005), além do mais recente, o portal Tudo Sobre Seguros (2010).
 
“Em 2015, realizamos 272 palestras abordando o tema seguro, o que significa mais do que um evento por dia útil, em algum lugar do Brasil. Grande parte desses encontros não foi voltada para o público do mercado de seguros, mas para consumidores e categorias empresariais. Essas são ações de educação securitária”, lembrou Bittar.
 
Para o executivo, o protocolo irá propiciar ao setor convergir demandas e potencializar ações para a educação financeira com foco em seguros. “A oportunidade de alcançar mais acertos e melhores resultados nesse momento é maior do que quando empreendemos esforços isolados”, avaliou.
 
Educação para sair da crise
 
O superintendente da Susep, Roberto Westenberger, acredita que a turbulência que o País atravessa pode ser explicada pelo pouco investimento em educação. “O lado bom da crise é a consciência de que é preciso atacar esse problema o quanto antes. Esse protocolo vai dar início a um trabalho concreto nesse sentido”, declarou.
 
Já o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, destacou o papel dos mais de 80.000 corretores de seguros do País na expansão da educação financeira. “Esse profissional é quem confere capilaridade ao setor, pois está na ponta do processo, em contato direto com o consumidor. O nosso objetivo comum é preparar pessoas mais prevenidas e protegidas”, salientou.
 
“Agora é a hora de darmos um salto para um programa mais amplo, integrado e de alcance nacional. Nosso papel é garantir o empoderamento do consumidor, conquistado não apenas por força da lei, mas pelo conhecimento pleno das atividades securitárias”, finalizou Marcio Coriolano, presidente da CNseg.
 
Durante o evento, foi apresentado estudo encomendado pela Susep sobre a situação da educação financeira no Brasil. O levantamento aponta, entre outras informações, que o País ocupa a 67ª posição entre 143 países pesquisados, com 35% de sua população sendo considerada financeiramente alfabetizada. Entre os BRICS, o Brasil ocupa posição intermediária: Índia (24%), China (28%), Brasil (35%), Rússia (38%) e África do Sul (42%).
 
O 1º Seminário Susep de Educação Financeira contou, ainda, com a participação da especialista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Adele Atkinson, que falou sobre a situação da educação financeira no mundo. Ao final do evento, foi apresentada a peça teatral “Suse, Perez, a atuária Natália e o sonho de Prêmio”, do grupo Ensino em Cena.

Fonte: Escola Nacional de Seguros