Mortes violentas avançam: 111.546 óbitos em 2011

Um novo estudo, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chama a atenção dos subscritos de riscos, ao jogar luzes sobre as mortes violentas no País(homicídios, acidentes de trânsito e quedas acidentais). Segundo os novos dados, ocorreram 111.546 óbitos por causas externas em 2011, crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior. Nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, as mortes subiram acima da média nacional, para 5,5% e 6,9%, respectivamente. O estudo informa que as mortes por causa externas "são no Brasil o terceiro principal grupo de causa de óbitos na população em geral e a primeira entre os jovens de 15 a 24 anos".

O levantamento diz que “cabe destacar que esse é um fenômeno que abrange todos os estados. Ressalte-se também que os percentuais de mortes violentas entre as mulheres jovens, apesar de menores que os observados entre homens, são bastante expressivos”. O IBGE ressalta as proporções de mortes violentas ocorridas em via pública (37%) e no domicílio (13,7%).

O estudo informa ainda que elevaram-se em 38,1% as mortes de natureza ignorada em comparação a 2010. "Apesar do percentual ser de 1,4% do total de óbitos, o crescimento em relação a 2010 foi expressivo, o que é um alerta para cartórios, familiares e estabelecimentos de saúde e demais entidades envolvidas na produção das informações sobre mortes", diz o instituto.

Segundo a pesquisa, 68,1% das mortes (natural, violenta e ignorada) ocorreram em hospitais e 20,6%, em residências. Quando é feita a análise pela causa da morte, 35,3% daquelas consideradas violentas ocorreram em hospitais. Além disso, 38,5% das mortes com natureza ignorada ocorreram em unidades hospitalares.

Na avaliação do IBGE, a redução do sub-registro de mortes no Brasil é “o principal desafio” para qualificar as estatísticas do país. “Ao contrário dos nascimentos, em que há possibilidade de recuperação do evento ao longo do tempo, os óbitos têm poucos registros extemporâneos.”

Fonte: FenaPrevi