Não se trata mais de proteger apenas veículos, mas de proteger pessoas que se movimentam por diferentes modais

De que forma tendências de mercado como conectividade e economia compartilhada vão afetar a mobilidade e quais fatores socioeconômicos e ambientais, como poluição, crime e população, afetam as decisões das pessoas de como se locomover. Essas foram as questões propostas na 2ª edição do HDI Talks, encontro que reuniu diversos profissionais do mercado na última segunda-feira (30), no Distrito Fintech, hub de inovação dedicado aos setores financeiro e de seguros, localizado na cidade de São Paulo (SP).

Fábio Leme, Vice-Presidente Técnico da HDI Seguros, abriu o evento destacando o papel das seguradoras tradicionais de alavancar discussões que colaborem para o desenvolvimento de um mercado ecossistêmico, onde novos modelos de negócios são fundamentais para acompanhar a forma como as pessoas estão se relacionando com produtos e serviços. “Não podemos olhar apenas para a proteção de um automóvel, embora essa proteção vá continuar existindo. Precisamos estar preparados para proteger as pessoas durante suas jornadas de acordo com as formas de mobilidade escolhidas por elas”, afirmou.

Na sequência, Hugo Assis, sócio e diretor executivo da Accenture, comentou que a explosão de novas soluções em mobilidade, que surgem em diferentes modelos de negócios, deve continuar avançando, seguindo cinco tendências mundiais: conectividade, compartilhamento, veículos autônomos, veículos elétricos e pessoas no centro. “Daqui há 5 anos, 95% da frota de veículos terão algum tipo de conectividade, seja com infraestrutura das estradas, com pedestres, com casas ou com outros veículos. Esse é um caminho sem volta”, afirmou. Mesmo considerando a adoção mais lenta no Brasil de determinadas tecnologias, é esperado que até 2035 cerca de 25% dos carros circulantes sejam totalmente autônomos.

O aumento das opções de locomoção tem feito com que cada vez as pessoas adotem múltiplos modais, dependendo do local em que se encontram e da infraestrutura disponível, priorizando fatores como conforto, rapidez e segurança. Para Rodrigo Ventura, fundador e CEO da 88 InsurTech, seguradoras e insurtechs devem estabelecer parcerias para desenhar e testar novas soluções rapidamente. “Hoje motoristas de aplicativos não são aceitos por muitas seguradoras. Faltam opções simplificadas que atendam a esse público, talvez num modelo intermitente, que que ligue quando o veículo estiver sendo usado em corridas. Temos como monitorar isso com conectividade”, sugeriu.

Rodrigo Del Claro, CEO na Santuu, lembrou que o mercado de seguros vem tendo muitos avanços e que os órgãos regulamentadores estão correndo atrás para normatizar os novos modelos de negócios. “Já tem integração acontecendo, como oferecer bike elétrica ou Uber ao invés de carro reserva e essa é a tendência. O mercado de compartilhados vai crescer, mas não vai acabar com outros mercados e sim complementar. Mobilidade não é um modismo que vai passar, porque aumenta a qualidade de vida e também gera negócios”, enfatizou.

Para Ana Luiza Dal Pian, gerente de produtos na HDI Seguros, com a quantidade enorme de dados disponíveis hoje não faz sentido as pessoas não poderem contratar seguros de forma simplificada, usando apenas o CPF, por exemplo. “O corretor é uma figura importante e vai continuar existindo, mas devem haver outras formas de contratação de seguros. Estamos vendo que seguro oferecer e como as pessoas se relacionam com esses serviços. Temos que pensar cada vez mais no seguro da pessoa e não do bem, porque ela pode estar no metrô, na bike ou no carro e precisa estar protegida”, ressaltou.

Sobre a HDI Seguros

A HDI trabalha para ser uma empresa humana, digital e inovadora. São mais de 1,2 mil colaboradores cuidando de 2,5 milhões de segurados nos ramos de automóveis e residências, principalmente, o que a torna a 4ª maior seguradora Auto, 6ª maior em residência e a 7ª maior em empresas, com base nos dados de mercado sobre prêmios diretos emitidos em 2018, consolidados por grupo segurador. A HDI conta com 49 filiais, 18 escritórios e 46 unidades de atendimento a sinistro, os HDI Bate-Prontos.

Fonte: Ketchum