Palestra do Clube das Luluzinhas reúne 120 pessoas no Rio

A palestra "Os elementos da fraude e seus Impactos no mercado segurador", promovida pelo Clube das Luluzinhas Executivas de Seguros, atraiu o interesse não somente das mulheres, mas também dos homens, que, ao todo, somaram cerca de 120 pessoas enfileiradas no auditório da Funenseg, no início da noite desta quarta-feira, dia 20, no Rio de Janeiro. O evento, que contou com o apoio da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) e da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), teve como palestrantes duas renomadas especialistas no assunto - as advogadas Ana Rita Petraroli, diretora da FEG Brasil (Empresa especializada em combate à fraude)  e Angélica Carlini, vice-presidente da AIDA e diretora da Carlini Advogados Associados. Também participou da mesa, Aline Tellini, auditora sênior da Sul América Seguros S/A. A abertura da palestra foi feita pela assesora jurídica da CNSeg, Glória Faria, que destacou a importância destas reuniões com o foco no universo feminino, em um mercado predominantemente masculino, que visam o desenvolvimento profissional e pessoal das mulheres. Ana Rita Petraroli abordou o tema - fraude - como um assunto da hora, de sempre, e que, no caso do seguro, desde a sua criação. A palestrante fez com que os participantes refletissem quanto aos diversos tipos de fraudes que, às vezes, são cometidas sem que se aperceba, como, por exemplo, comprar produtos falsificados. "É fraude contra nós mesmos. Tudo começa pequeno. Controlar a vontade de levar vantagem sobre tudo (Lei de Gerson) é que nos torna éticos", comentou. Segundo ela, a ética está cada vez mais na moda nas grandes corporações. Sobre a fraude no mercado de seguros, Ana Rita disse que a infração começa desde a criação de produtos que têm facilitadores para que a fraude aconteça e vai até a venda, com informações erradas ou de forma irregular. A palestrante mostrou que em tempos de crise as fraudes também aumentam devido, entre outros fatores, ao estresse que acaba ocasionando, por exemplo, mais acidente e na falta de manutenção dos bens. Há também uma maior busca de recursos financeiros e taxas mais baratas. A advogada alertou ainda para o fato de as seguradoras estarem afastadas dos consumidores, para a importância de ações pós-venda e também para se ter os corretores como aliados. Concluindo, Ana Rita disse que, apesar dessas questões, o mercado segurador tem ainda muito a crescer. A vice-presidente da AIDA, Angélica Carlini, lembrou a importância dos eventos promovidos pelo Clube das Luluzinhas, por serem uma oportunidade para se fazer grandes reflexões em conjunto. "Somos herdeiras culturais das grandes famílias". Sobre as fraudes em seguro, Angélica falou da grande fragilidade da regulação de sinistro e sobre as oficinas referenciadas. "A livre escolha nem sempre é mais segura para o consumidor", frisou. Entre os principais fatores que viabilizam a fraude, ela citou a impunidade e o desconhecimento sobre as consequências econômicas, pois aumentam o custo do seguro e afetam a saúde das seguradoras. Já a palestrante Aline Tellini mostrou algumas iniciativas que sua seguradora utiliza para prevenir e combater as fraudes contra o seguro, como, por exemplo, um disque-denúncia próprio (anônimo). Ela falou também sobre a adequação das seguradoras às determinações da Circular Susep nº 344, que dispõe sobre controles internos para prevenção contra fraude ao seguro. O Clube das Luluzinhas Executivas de Seguros inclui representantes como segurados, seguradoras, corretoras, prestadores de serviços e resseguradores, e tem tido uma trajetória de crescimento, sendo hoje reconhecido no mercado. Dentre os principais desafios do grupo, encontra-se a conscientização de todas as profissionais atuantes no mercado de que a participação no grupo não somente fortalece e cria novos laços de amizade, mas, e principalmente, é uma oportunidade única para desenvolver o “networking” cada vez mais necessário. E, em decorrência, promover o seu próprio desenvolvimento profissional. Fonte: Fenaseg