Preço do seguro de automóvel pode reduzir com aprovação de lei

O Projeto de Lei da Câmara 38/13, de autoria do presidente da Fenacor e deputado federal, Armando Vergílio (SDD-GO), teve aprovação do Senado e segue agora para sanção da presidência. O PLC traz benefícios para o meio ambiente, segurança pública, e principalmente, para o mercado de seguros, como explica Vergílio.

“Para o setor de seguros é um projeto extremamente importante, porque a diminuição do furto de veículos por si só já vai trazer uma redução no custo do seguro de Automóvel”, conta. Além de permitir a criação do Seguro Popular de Automóvel para carros mais antigos.

A utilização de peças certificadas, tanto de procedência, quanto de qualidade e segurança, vai reduzir sensivelmente o custo de reposição dos veículos avaliados. Logo, os veículos com mais de quatro ou cinco anos de uso que não contratam proteção securitária porque economicamente é inviável – uma vez que as peças de reposição devem ser novas, e isso acaba inviabilizando a contratação do seguro, por ficar com preço muito alto – poderão passar a contratar o serviço.

“O custo de reposição vai ser muito mais baixo e consequentemente vai se criar um mercado novo. Cerca de 20 milhões de veículos vão poder ter acesso a proteção porque economicamente esse seguro será viável”, explica Vergílio.

De acordo com Armando, o roubo de veículos será sensivelmente reduzido no Brasil. Cerca de 470 mil veículos são roubados durante o ano. “A maior parte desses veículos são para abastecer o mercado marginal e criminoso do desmanche da venda de peças usadas”. Este mesmo projeto foi implantado na Argentina, e, segundo o diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Rodrigues Freitas, “um ano após a criação dos desmanches legais, o índice de roubos de automóveis caiu 50% no país”.

Vergílio ressalta ainda que as quadrilhas terão muita dificuldade para repassar veículos roubados ou furtados aos desmanches ilegais. “Na medida em que não houver um mercado ilegal demandando peças, e sim um segmento regulado estritamente fiscalizado pelo Estado, a segurança publica será melhorada”, acrescenta.

Fonte: CQCS | Crislaine Cabuí